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Oito órgãos e 12 tecidos foram doados em dois meses de funcionamento da OPO


Unidade funciona na Santa Casa de Barra Mansa e atende grande parte do Estado do Rio

Em dois meses desde a sua inauguração, a OPO (Organização de Procura de Órgãos), que funciona na Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, comemora os resultados. Oito órgãos e 12 tecidos foram doados na região, por meio do trabalho da equipe especializada, entre eles, dois fígados; seis rins; seis córneas; e seis escleras. Os resultados superaram os números previstos.

“Ninguém gosta de falar sobre morte, pois ela precisa ser compreendida como um fato natural, porque faz parte no nosso ciclo vital, ainda mais quando se trata de um parente, mas a doação de órgãos e tecidos é uma oportunidade para salvar outras vidas. No início, achamos que seria mais difícil, mas com a equipe especializada, estamos conseguindo orientar e conscientizar as famílias e, por isso, tão cedo, já obtivemos bons resultados”, disse o coordenador médico da OPO, Gilvando Dias de Sousa Filho.

A equipe da OPO Barra Mansa é composta pelo médico coordenador; pelo vice-coordenador, que é anestesista; e por cinco enfermeiros. “Todos os profissionais são especializados, até mesmo porque é um momento crítico para a família, por isso é necessário esse preparo”, acrescentou o coordenador.

A coordenadora de Enfermagem, Daniela da Silva explicou que a equipe trabalha com potencialidades. No caso, identificam os possíveis doadores, realizam o trabalho de acolhimento e conscientização da família e acompanha todo o processo desde a identificação do potencial doador até o resultado que é o transplante. “Ao receber o comunicado de morte, a família é abordada por alguém da nossa equipe que orienta quanto ao direito de decisão da doação. Após a autorização da família, começa a corrida contra o tempo para garantir a qualidade dos órgãos e tecidos até chegar ao receptor”, explicou Daniela.

Entre as conquistas da OPO, nesses dois meses de atuação, houve ainda doação de córneas, que, de acordo com a enfermeira, são mais complicadas, pois além do paciente não precisar ter tido morte cerebral, precisa ser executado o procedimento de retirada das córneas, que é um tecido, em até seis horas. “Estamos na metade de junho e já conseguimos mediar uma doação de córneas em nossa casa. Estamos muito felizes com o trabalho realizado, mesmo em tão pouco tempo”, salientou.

Para ser doador de órgãos e tecidos, basta manifestar a vontade para sua família, lembrando que a vontade é sua, mas a decisão é deles. É possível fazer isso por meio do site: www.transplante.rj.gov.br/doemaisvida.  Mesmo assim, a efetivação da doação depende da autorização da família.