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Leia este texto: 1º de Maio: Barra Mansa do silêncio

Publicado no site Vale Sul On-line.
*Destaque Juventude-BM

Editorial
1º de Maio: Barra Mansa do silêncio

Enquanto os preços disparam nas prateleiras dos supermercados , lojas e todo tipo de comércio viável, o salário dos servidores da prefeitura municipal de Barra Mansa (RJ) continua no esquecimento das autoridades do Legislativo, com 19 representantes e do Executivo, com uma lista de secretários com salários de mais de R$ 7.500,00 mensais e do chefe maior, R$ 15.500,00.

Nos degraus do Executivo, também salários de assessores, assessores dos assessores, secretários dos secretários, FG1, FG2, FG3 e vários símbolos, muitos desconhecidos de todos os servidores, que deram o sangue nas horas trabalhadas para um dia enfim, vislumbrar a aposentadoria com salário à altura de sua determinação e luta!

Da sociedade estampada em fotos de colunas sociais com sorrisos iludidos às diretorias de instituições e afins, até o momento, “ninguém” levantou para a defesa do salário minguado e sem reajuste dos servidores municipais.

Vivemos na época do famoso “tapinha nas costas”, “dos falsos sorrisos”, “da divulgação de nomes para ocupar cargos na prefeitura municipal”. Muitos ainda daquele tão citado “governo anterior” da campanha eleitoral de 2012, onde um dos maiores beneficiados com a “jogada”, o Partido Verde (PV) e sua executiva municipal com poucos escolhidos para tal sorte de 48 meses do mandato atual, “ainda” curtem as fartas posições ofertadas para os cargos sob o duro, triste e lamentável destino dos contracheques dos servidores municipais. Competência mesmo e gabarito para ocupar os cargos, até o momento, ninguém estampou nem o tempo será suficiente para que isso aconteça.

Cabeças se avolumam às custas do constante palavreado dos servidores, que afirmam: faltam médicos no Fundamp; vale alimentação (Bancred) não tem crédito no dia do pagamento com o desconto em folha; Fundamp tem desconto no contracheque, mas não paga fornecedores nem credenciados; servidores com empréstimos na Caixa Econômica Federal recebendo ligações e notificações do banco, informando que o nome será negativado sem o pagamento dos valores, que a prefeitura desconta em folha, mas não repassa ao banco e o mais lamentável: instituição, que nos documentos, devia e podia enfrentar o Executivo com argumentos para valorização dos servidores da Educação Municipal “fechada” com o gabinete, massacrando o salário dos servidores e pessoal de apoio. Em todo canto, que determinados nomes são levantados, a confirmação é fatal: estão todos nas mãos do gabinete. E nessa leva de péssimo mal gosto, político, que outrora ocupava cargo de grande visibilidade financeira a nível estadual – atualmente e graças a Deus –, bem longe das “facilidades” de uma caneta com tinta no meio do caminho do fechamento do acordo.
Estamos num mar de lama, onde poucos passaram e continuarão passando pelo buraco da agulha. Nessa realidade, o povo sente e paga com a vida na roleta russa diária dos fatos, que massacram as ruas da cidade, onde sujeirada, lixo, entulho, falta de autoridade, de punho e capacidade administrativa marcam os segundos do retrocesso, da ociosidade, da fatalidade, da falsidade, da falta de caráter e de palavra daqueles, que detêm a caneta com tinta.
No Dia do Trabalho, olho para as cenas dos tapinhas nas costas dos servidores aposentados com entrega de diploma, quando na verdade, o contracheque está vazio e o atendimento médico não existe.

Trocamos tudo. Trocamos o “governo anterior”, que ainda dava reajuste pelo atual, que jamais assina algo para beneficiar os servidores. Trocamos um Legislativo com 12 cadeiras por outro com 19 sem força para valorizar a dignidade dos servidores e sua sustentabilidade com os seus e nossa rotina, que se definha em acompanhar uma infinidade de pessoas, que nada representa às custas de muito dinheiro dos Poderes Executivo e Legislativo.
1º de Maio com crise de postura, de salário, de dignidade e de confiança em dias melhores. Quem viver, amargará os rumos dos próximos meses. Muito discurso sem fundamento, nada de ação.
Mudar pra ser feliz e valorização do servidor aquém das palavras e ações dos altos escalões e o pior, ninguém faz nada!
Assim não dá. Que o último a sair, apague a luz.

Eliete Fonseca – Jornalista – Matrícula MTb. 18.902