A presidenta Dilma Rousseff esclareceu, as mudanças nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies),
que terá agora critérios mínimos de seleção. Além disso, o Executivo
controlará a disponibilização de vagas. “O governo cometeu um erro no
Fies. (…) Em vez de controlar as matrículas, quem controlava as
matrículas era o setor privado. Este é um erro que detectamos. Voltamos
atrás e estamos ajustando o programa”, reconheceu.
Em entrevista coletiva após cerimônia de
sanção do Código do Processo Civil, a presidenta lembrou essa
sistemática não foi aplicada no Prouni, nem no Enem ou
em qualquer outro programa do governo. “E isso não é culpa do setor
privado, fomos nós que fizemos”. E explicou que, antes, “as matrículas
eram feitas diretamente com as instituições, agora terão de passar pelo
governo”. Ela informou que o Fies saltou de 74 mil pra 731 mil
matrículas.
Quanto aos critérios para a concessão do
financiamento, Dilma afirmou que agora haverá padrões mínimos para
isso. “Não aceitamos mais que uma pessoa que tirar zero em português
tenha direito a bolsa. Vai ter de ter um mínimo. [Antes] podia ter 450
pontos e zero em português. Tem de olhar como será daqui para frente,
mas está regularizado, todas as pessoas, todas as matrículas para trás,
todas”, enfatizou Dilma.