“A visão que os estudantes possuem da estrutura da matéria permanece
estagnada no conceito atômico do início do século passado”, afirma o
comunicado. Para reverter este quadro preocupante, pesquisadores da
Unesp criaram um game dentro do projeto São Paulo Research and Analysis
Center (Sprace) que se aproveita do apelo da exploração espacial para
ensinar, de forma divertida, conceitos complexos da física de
partículas.
Na segunda versão do Sprace Game, que foi lançada recentemente, o
jogador pilota uma nave miniaturizada e precisa capturar partículas de
substâncias específicas e levá-las até o laboratório. A cada nova fase, a
estação científica “aprende” com os elementos capturados e se torna
mais complexa, exigindo a coleta e análise de substâncias mais
elaboradas.
As missões têm a intenção primordial de preparar Marte para ser colonizado pela humanidade.
Ao passar pelas etapas, aprende-se naturalmente a trabalhar com a
tabela periódica, consultando especificidades da composição de cada
elemento. Nem sempre é requerida a captura de prótons ou nêutrons, por
exemplo – às vezes é preciso ir mais à fundo e coletar os quarks
necessários para formá-los.
“O visual, os desafios propostos e especialmente o conteúdo por trás
das missões fazem com que o jogador se divirta enquanto entra em contato
com conceitos importantes da física das partículas subatômicas, grande
objetivo da iniciativa,” explica o professor Sérgio Ferraz Novaes, líder
do projeto. Os pesquisadores asseguram que o jogo é cientificamente
fiel, de um jeito que não compromete a diversão.
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2015/02/game-brasileiro-ensina-fisica-de-particulas-atraves-de-missoes-para-colonizar-marte.html