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Câmara de Barra Mansa recebe o Secretário Municipal de Habitação

O secretário, Juarez Magalhães, participou da sessão apresentando o trabalho realizado e foi sabatinado pelos vereadores a respeito dos problemas de habitação no município.

A tribuna livre da Câmara de Barra Mansa  recebeu o secretário municipal de habitação, Juarez Magalhães,na sessão de quinta-feira, 26 de março, para apresentar aos vereadores o que a secretaria realizou neste mandato. O secretario destacou que a pasta de Habitação foi a última ser criada pelo governo municipal, em 2012, e que precisou reestruturar a secretaria, quando assumiu, em 2013. Juarez informou que a Secretaria trabalha tanto nos projetos de novas construções civis, em especial para as famílias de baixa renda, quanto para a regularização de imóveis, como nas áreas de posse.
-Desde 2013, regularizamos, através de processo judicial, em parceira com a Defensoria Pública, a documentação de 140 imóveis em áreas de posse. De acordo com nosso levantamento existem 70 grupos de posse, que são verdadeiros bairros na cidade. Contamos com o apoio desta casa para a normatização destas  áreas e já tivemos muitos avanços em relação, por exemplo ao Minha Casa Minha Vida, por conta de leis aprovadas na Câmara, como a isenção de ISSQN para imóveis de famílias na faixa 1 do programa – afirmou Juarez. 
O secretário afirmou haver quatro empreendimentos a serem realizados pelo Programa Minha Casa Minha Vida que já tem todo o procedimento legal formalizado  nos bairros: Santa Isabel, Paraíso de Cima, Siderlândia e Goiabal.
O vereador Rodrigo Drable questionou se a intenção na isenção do ISSQN era de beneficiar os empresários ou a população. 
 De acordo com o vereador, a isenção contempla empreendimentos em que os contratos já foram assinados e, portanto, não terão o valor de sua parcela diminuída. 

O secretário afirmou que a isenção do imposto foi a alternativa encontrada pelo município para  atrair empreendimentos voltados às famílias de faixa 1 do Programa Minha Casa Minha vida, com renda de até R$1600,00. 

Para o vereador, essa não é uma justificativa para a perda na arrecadação.
-Esta isenção está favorecendo apenas o  construtor e não a população que não tem sua parcela diminuída. É um pecado a Prefeitura deixar de arrecadar um milhão e oitocentos mil sob este argumento – afirma Rodrigo.
O vereador Luiz Furlani perguntou por qual área iria começar a regulamentação fundiária na cidade. Furlani afirmou que há bairros inteiros na Região Leste irregulares, causando insegurança nos moradores.
-Em conjunto com a Secretária de Planejamento iremos começar esta regularização, ainda não definida em qual área será o início. Mas no Paraíso de Cima, por exemplo, temos a previsão de entrega de 45 casas para julho, já com escritura – respondeu Juarez. 
Acerca da instabilidade vivida pela população ribeirinha, o vereador Cláudio Cruz indagou como estas famílias podem ser contempladas pelo programa do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida. Em resposta, o secretário afirmou que esta população é uma das prioridades do programa, principalmente pelo fato de que muitas recebem aluguel social por terem perdidos suas casas em enchentes.
O vereador Roberval Pessanha, o Teixeirinha, lembrou da visita que o então Ministro das Cidades fez ao município em 2007 para a construção das casas no bairro Paraíso de Cima e que, até o momento, não foram concluídas. O Secretário afirmou que o município teve que renegociar o contrato acerca deste empreendimento, o que atrasou a entrega das casas para a população.
Ao final, o presidente da Câmara, vereador Marcerlo Borges, solicitou que não fossem criadas expectativas na população em relação a construção de novas moradias.
-A população está cansada de ser enganada. A carência de moradia na cidade é de 10 a 12 mil residências e não acredito haja solução rápida para este problema. Acho que o cadastro para novos empreendimentos só devam começar depois que as obras estiverem quase concluídas para não gerar expectativa na população, que já sofre tanto – alertou Marcelo.

Vereadores reafirmam legitimidade das manifestações populares
Os vereadores Luiz Furlani, Marcelo Borges e Píssula fizeram uso da palavra para reafirmar a legitimidades das manifestações de 15 de março. Os vereadores destacaram o caráter ordeiro e pacífico da manifestação realizada na cidade.
Quanto a menção da ACIAP no requerimento pedindo a votação do Conselho Deliberativo do SAAE na reunião sobre o reajuste da tarifa de água e esgoto, o presidente Marcelo Borges retificou sua fala na sessão de 17 de março. O presidente afirmou ter tomado conhecimento posteriormente que a ACIAP não compõe o Conselho Deliberativo do SAAE e colocou a Câmara à disposição da entidade para atuar junto ao SAAE e regularizar esta situação, tendo em vista a importância da ACIAP para o município.