As experiências apresentadas no documento foram apresentadas durante a Oficina Internacional de Participação Cidadã de Adolescentes e Jovens, realizada em dezembro de 2013, em Brasília, com 100 participantes de 12 países. Na ocasião, os participantes também definiram os principais conceitos e princípios referentes ao tema e discutiram os desafios e possibilidades para efetivar o direito à participação em seus países.
No Brasil, a ideia de participação de adolescentes e jovens nos debates e fóruns relacionados aos temas que afetam suas vidas vem ganhado força tanto entre os próprios jovens quanto por parte de gestores de políticas públicas, instituições nacionais e internacionais, pesquisadores, educadores e outros atores sociais. Em diferentes setores dos governos e da sociedade, existe uma expectativa de que adolescentes e jovens exercitem seu direito de participação e contribuam desde cedo para o fortalecimento da democracia, ajudando, dessa forma, a encontrar as soluções necessárias para a construção de um mundo melhor.
Com esta publicação, o UNICEF e a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) do Brasil, reforçam a ideia de que a participação não é apenas um direito, mas também uma oportunidade de desenvolvimento e um instrumento poderoso para a superação das vulnerabilidades que ainda afetam o cotidiano de adolescentes e jovens. Participar significa tomar parte de, e não simplesmente ser parte de alguma coisa. Implica oportunidades e capacidade de influenciar processos de decisão e a tomada de ação. Por conseguinte, os adolescentes e jovens caracterizados pela interação, busca de autonomia e construção da identidade, podem desempenhar um papel central também em seu próprio processo de desenvolvimento por meio da aquisição de habilidades, com base na participação social.