O maior festival estudantil da América Latina vem aí e já tem data e local definidos. Agora, é só se programar: a 9ª Bienal da UNE
se integra às comemorações dos 450 anos da capital Rio de Janeiro e
desembarca na cidade de 26 de janeiro a 1º fevereiro de 2015. São
esperados mais de 10 mil estudantes de todas as partes do país para
celebrar a diversidade cultural produzida dentro e fora das
universidades brasileiras.
A nona edição da Bienal traz o tema “Vozes do Brasil”
e faz um convite à reflexão sobre a linguagem no Brasil, a
variabilidade linguística e seus diferentes registros, a relação da fala
e da escrita com os diferentes lugares sociais de um país ainda marcado
por fortes desigualdades.
“As bienais da UNE sempre se debruçaram sobre a investigação da
formação cultural e da identidade do povo brasileiro. Dessa vez, vamos
mergulhar nessa discussão através da nossa língua, além de fazermos um
grande chamado ao que há de novo na produção cultural e artística que
ocorre nas universidades e ruas do nosso país”, destacou a diretora de
Cultura da UNE, Patrícia de Matos.
“A língua é um espaço de afirmação e também um espaço de disputa, de
conflitos e posicionamentos, atravessada pelos diferentes sujeitos que
dela se apropriam. Portanto, as vozes da Bienal da UNE são também as
vozes daqueles que bradam, que demandam, são as vozes das brasileiras e
brasileiros em luta no decorrer dos tempos, as vozes da juventude, do
povo organizado, das nossas reivindicações, sonhos e esperanças”, diz um
trecho do manifesto que convoca o festival.
HISTÓRIA DAS BIENAIS
A Bienal da UNE é uma mostra de tudo o que está sendo produzido de
arte estudantil nas universidades brasileiras, envolvendo música,
cinema, literatura, teatro, ciência e tecnologia e também outras
linguagens. O festival abre ainda espaço para esportes, oficinas,
debates, seminários, shows, apresentações e conferências. Desde a sua
primeira edição, reúne milhares de estudantes de todas as regiões do
país.
A 1ª Bienal da UNE
foi realizada em 1999, em Salvador (BA). A atuação cultural da UNE,
reprimida durante os anos de repressão da ditadura militar, foi
simbolicamente retomada com o festival. O encontro reuniu mais de cinco
mil estudantes que davam início a um longo projeto de aproximação com a
cultura popular e intercâmbio entre as muitas juventudes brasileiras. A
diversidade de opiniões sobre a cultura e seus desdobramentos se deu
pelo olhar de artistas como Chico César, Jorge Mautner e os Racionais
MCs, que deixaram na Bahia uma apresentação memorável.
Após essa primeira edição, foi criado o Circuito Universitário de
Cultura e Arte, o CUCA da UNE, responsável dali em diante pela
organização de todas as outras edições do festival e por articular
espaços físicos nas instituições de ensino e uma rede de diálogo entre
os estudantes.
A última edição da Bienal
se aconchegou nas históricas ladeiras de Olinda, em Pernambuco,
celebrando o centenário de Luiz Gonzaga, o mestre Gonzagão. O tema “A
volta da Asa Branca” pontuou a programação e teve a participação de
convidados como J. Borges e Derlon Almeida, em um encontro de gerações.
Alceu Valença, Elba Ramalho e Lenine foram algumas das atrações
musicais.
BIENAL ESTÁ EM CASA NO RIO DE JANEIRO
A Bienal retorna ao Rio de Janeiro após três bem sucedidas edição realizadas em 2001, 2007 e 2011. O Rio também é a casa oficial dos estudantes. A UNE foi fundada em terras cariocas e a sua sede funcionou na Praia do Flamengo, 132,
até 1ª de abril de 1964, data em que foi incendiada por agentes da
ditadura militar que acabava de se instalar no país. Hoje, a entidade
está reconstruindo o prédio, no mesmo local, a partir de um projeto
doado por Oscar Niemeyer, com inauguração prevista para 2016.
“A Bienal chega ao Rio da Academia Brasileira de Letras e da
Biblioteca Nacional, o Rio da gíria poética das favelas, das invenções
linguísticas do funk, do rap e do samba, o Rio das narrativas imortais
de Machado de Assis e tantos outros, o Rio da língua portuguesa e também
da francesa, inglesa, holandesa e de tantas outras que o visitam, o Rio
que completa 450 anos com uma multiplicidade de falas e sentidos tão
própria do Brasil. O festival também abre espaço para o intercâmbio
cultural e linguístico com o universo da lusofonia e os demais países do
mundo que compartilham da nossa língua”, destaca outro trecho do manifesto da 9ª edição.
FAÇA A SUA INSCRIÇÃO
A Bienal é aberta a qualquer estudante. A inscrição para os
participantes que querem fazer oficinas, ir aos shows e participar dos
debates e outras atividades tem o valor de R$60. O prazo da inscrição é de 1º de novembro de 2014 a 18 de janeiro de 2015.
Já para os estudantes que vão participar por meio da inscrição de trabalhos na mostra selecionada, a taxa é de R$10.
As áreas que receberão trabalhos são: música, artes visuais,
literatura, audiovisual, artes cênicas, ciência e tecnologia e projetos
de extensão. Atenção: o prazo da inscrição de trabalhos será de 10 de novembro de 2014 a 7 de janeiro de 2015.
Ambas as inscrições poderão ser feitas pelo site da UNE e, em breve, diretamente no hotsite www.bienaldaune.org.br.
Em decisão da diretoria da UNE, estão isentos das taxas os estudantes
cotistas, prounistas e do Fies. Os estudantes que tiverem trabalhos
selecionados também estarão isentos do valor da inscrição.
Após as datas estipuladas acima, o valor da inscrição será de R$ 120.
Outras informações serão divulgadas diariamente pelas redes: www.facebook.com/uneoficial e www.facebook.com/bienaldaune.
Dúvidas podem ser enviadas para o e-mail: contatobienal@une.org.br