- O casal, uma jovem de 18 anos, e um jovem, de 19, notaram que a trouxa estava se mexendo. Eles desamarraram o pano e encontraram a recém-nascida - disse o inspetor da 90ª DP, Viana.
A suspeita é de que a criança foi deixada por uma mulher branca, que passou correndo pelo casal que saía de uma churrascaria, na Avenida Domingos Mariano, também no Centro. A via estava praticamente vazia, dando a impressão que o bebê teria sido mesmo abandonado pela desconhecida.
Viana disse que o umbigo da menina estava muito inflamado. O bebê foi levado para a Santa Casa de Barra Mansa por uma conselheira tutelar, que foi solicitada pelo policial.
- O umbigo da criança, embora estivesse bastante inflamado, não estava com formiga ou outro tipo de inseto. Isso quer dizer, que ela foi deixada a pouco tempo no local em que foi encontrada. A criança ficará sob a responsabilidade da conselheira tutelar que, com certeza, após a menina ser medicada providenciará um abrigo, onde o bebê deverá ficar até o destino dele ser decidido pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Barra Mansa - disse Viana.
O delegado adjunto da 93ª DP (Volta Redonda), Márcio Leandro Figueiroa, que neste fim de semana também comandava o plantão na Delegacia de Barra Mansa, mandou registrar o caso como abandono de incapaz. O delegado titular da 90ª DP, Ronaldo Aparecido de Brito, dará continuidade as investigações a partir desta segunda-feira.
- Acredito que Ronaldo Aparecido deve também mandar instaurar o inquérito e acrescentar além do abandono de incapaz, o crime de maus tratos. Foi o terceiro registro que faço e testemunho de recém-nascido que é abandonado em meus 28 anos como policial civil. Os outros dois casos ocorreram quando trabalhava em delegacias do Rio - falou o policial.
O policial solicitou às pessoas que possam auxiliar o trabalho da polícia que denuncie mesmo que anonimamente por meio dos números (24) 3328-4863 (90ª DP Barra Mansa), ou diretamente ao disque-denúncia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (21) 2253-1177.