Márcio Figueiroa mandou registrar o caso como abandono de incapazUm casal encontrou por volta das 14h20 de ontem, uma menina branca, aparentando ter 15 dias de vida, que estava dentro de uma trouxa de pano embaixo de uma árvore, na Rua José Magalhães, a poucos metros da 90ª DP,  no Centro de Barra Mansa. A criança estava de macacão bege, enrolada em uma manta sobre um calor de 30 graus.
 - O casal, uma jovem de 18 anos, e um jovem, de 19, notaram que a trouxa estava se mexendo. Eles desamarraram o pano e encontraram a recém-nascida - disse o inspetor da 90ª DP, Viana.
 A suspeita é de que a criança foi deixada por uma mulher branca, que passou correndo pelo casal que saía de uma churrascaria, na Avenida Domingos Mariano, também no Centro. A via estava praticamente vazia, dando a impressão que o bebê teria sido mesmo abandonado pela desconhecida.
Viana disse que o umbigo da menina estava muito inflamado. O bebê foi levado para a Santa Casa de Barra Mansa por uma conselheira tutelar, que foi solicitada pelo policial.
- O umbigo da criança, embora estivesse bastante inflamado, não estava com formiga ou outro tipo de inseto. Isso quer dizer, que ela foi deixada a pouco tempo no local em que foi encontrada. A criança ficará sob a responsabilidade da conselheira tutelar que, com certeza, após a menina ser medicada providenciará um abrigo, onde o bebê deverá ficar até o destino dele ser decidido pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Barra Mansa - disse Viana.
O delegado adjunto da 93ª DP (Volta Redonda), Márcio Leandro Figueiroa, que neste fim de semana também comandava o plantão na Delegacia de Barra Mansa, mandou registrar o caso como abandono de incapaz. O delegado titular da 90ª DP, Ronaldo Aparecido de Brito, dará continuidade as investigações a partir desta segunda-feira.
- Acredito que Ronaldo Aparecido deve também mandar instaurar o inquérito e acrescentar além do abandono de incapaz, o crime de maus tratos. Foi o terceiro registro que faço e testemunho de recém-nascido que é abandonado em meus 28 anos como policial civil. Os outros dois casos ocorreram quando trabalhava em delegacias do Rio - falou o policial.
O policial solicitou às pessoas que possam auxiliar o trabalho da polícia que denuncie mesmo que anonimamente por meio dos números (24) 3328-4863 (90ª DP Barra Mansa), ou diretamente ao disque-denúncia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (21) 2253-1177.

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