- Temos assistido uma crescente criminalização da atividade política
em nosso país. Nosso mandato é comprometido com os movimentos sociais,
lutas das mulheres e superação das desigualdades. No entanto, uma
acusação injusta deu origem um processo judicial e estamos fazendo todos
os esforços, juntamente com nossos advogados, para corrigir essa
agressão - justificou Inês, que precisaria de uma liminar concedida pela
Justiça para poder concorrer até que o processo seja analisado pelos
ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Mas o tempo do
judiciário é lento e não acompanha os prazos das eleições", lamentou.
Ainda de acordo com Inês, o fato lhe possibilitou pensar em se
dedicar totalmente à candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao
governo do estado.
- Tal situação me fez considerar com carinho o convite feito pelo
senador Lindberg Farias para coordenar a sua campanha ao Governo do
Estado na região e a organização e mobilização das mulheres em todo o
estado, o que muito me honrou - disse.
Antes de anunciar sua desistência, que pegou boa parte do meio
político de surpresa, a parlamentar, de forma discreta, chegou a postar
em sua página no Facebook, assim que fez o anúncio aos seus
correligionários - a portas fechadas e com direito a celulares
desligados - o tal convite que teria sido enviado por Lindbergh
convidando-a para coordenar sua campanha junto às mulheres do Sul
Fluminense. A postagem dizia o seguinte:
- Querida Inês, gostaria de convidá-la para coordenar minha campanha
de governador junto às mulheres, contando com a sua colaboração futura
nesse tema. E gostaria de tê-la na coordenação da campanha no Sul
Fluminense. Seu engajamento é muito importante para a vitória da Frente
de Esquerda em outubro próximo.
Preferindo evitar a imprensa, a deputada se manifestou apenas pela
internet dizendo que aceitou "com alegria o convite para a coordenação
de campanha"
- E conclamo a todas cidadãos e cidadãs, a ingressarem firmes nas
campanhas de Dilma Presidenta e Lindberg Governador, por um estado e um
país muito melhor - comentou.
Segundo petistas ligados a Inês Pandeló, sua saída da disputa foi um nocaute para a própria parlamentar, que passou os últimos meses brigando com o vereador Pissula (PT) pela prioridade de candidatura.
Segundo petistas ligados a Inês Pandeló, sua saída da disputa foi um nocaute para a própria parlamentar, que passou os últimos meses brigando com o vereador Pissula (PT) pela prioridade de candidatura.
Vale lembrar que, com a desistência de Inês, o vereador barramansense
agora é único candidato do partido à Alerj (Assembleia Legislativa do
Rio de Janeiro) representando Barra Mansa e, conforme ele próprio
confirma, com reais condições de vencer o pleito.
Do Rio de Janeiro, onde Pissula terminava de oficializar sua candidatura, o vereador conversou rapidamente com o jornal.
- Sinto muito por isso, de verdade, porque Barra Mansa perde muito
sem Inês, que tem histórico de luta pela cidade - garantiu, de forma
diplomática.
Com relação às expectativas para as eleições deste ano, Pissula disse
que está tranquilo, pois poderá representar o partido com
responsabilidade.
- Essa eleição será especial. O pleito vai ser marcado pela pauta de luta e obrigará transparência dos candidatos - comentou.http://diariodovale.com.br/noticias/2,91817,Ines-Pandelo-desiste-de-ser-candidata-a-deputada-estadual.html#ixzz36Uls5DvA