Rosa Weber atende a pedido formulado por senadores da oposição. Governistas queriam ampliar a abrangência da comissão. Ainda cabe recurso ao plenário
O Dia
Brasília - Na queda de braço entre governistas e
opositores sobre a abrangência da CPI para investigar a Petrobras,
ganhou a oposição. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa
Weber determinou, no final da noite de ontem, que o Senado instale uma
CPI exclusiva para apurar supostas irregularidades na estatal
petroleira.
A ministra atendeu a pedido de
parlamentares da oposição, que queriam ter garantido o direito de uma
comissão específica para a Petrobras. Eles querem que a comissão
investigue a compra da refinaria de Pasadena no Texas (EUA) e o
pagamento de propina a funcionários.
Governistas queriam uma CPI ampliada,
que incluísse investigações de obras sob suspeita em estados governados
pela oposição. Mas o pedido foi rejeitado.
Ex-presidente da estatal, Gabrielli terá que ir à Câmara explicar a compra da refinaria nos EUA
A decisão é liminar (provisória) e
valerá até que o plenário do Supremo decida sobre o tema. Governistas
ainda poderão recorrer ao plenário do Supremo. Na semana passada, Rosa
Weber pediu informações ao Senado antes de tomar a decisão. O presidente
da Casa, Renan Calheiros, defendia uma CPI ampliada.
Ontem, três comissões permanentes da Câmara
aprovaram convites para que o ex-presidente da Petrobras José Sergio
Gabrielli compareça à Casa para explicar a compra da refinaria de
Pasadena. Os requerimentos foram feitos por parlamentares da oposição
após a publicação de entrevista no jornal ‘O Estado de S. Paulo’, no
domingo, em que Gabrielli assumiu a responsabilidade sobre a operação,
mas dividiu o ônus com a presidenta Dilma Roussefhttp://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2014-04-24/ministra-do-stf-decide-por-cpi-exclusiva-da-petrobras.html