Os delegados da 90ª DP (Barra Mansa), Ronaldo Aparecido de Brito (titular), e Michel Floroschk (adjunto), apresentaram nesta quinta-feira (13) à imprensa quatro dos seis homens suspeitos de assaltar a Joalheria Regina, no Centro, na véspera do Natal passado. Na ocasião, foram roubados mais de R$ 500 mil, em joias e relógios.
José Dimincli Montenegro Gomes, de 22 anos, Rafael Rodrigues Gomes, de 31, foram presos na favela da Rocinha, no Rio. Já Leonel Araújo de Andrade, de 37, e Jackson Anselmo Rodrigues, de 41, foram localizados na praia de São Conrado, também na capital fluminense. Outros dois suspeitos Ivan da Silva Martins, de 30 anos e Djalma Roberto da Costa Júnior estão foragidos.

- Três entraram na joalheira. Outro comparsa que estava em uma moto ficou incumbido de avisar por meio de telefonema, caso houve aproximação de viatura da PM. O restante ficou do lado de fora do estabelecimento dando cobertura aos que estavam dentro da joalheria. Um deles ficou responsável de vender o produto do crime - disse Ronaldo, lembrando que os suspeitos seriam integrantes de uma organização criminosa tem uma divisão bem definida de tarefa.

A prisão dos acusados ocorreu após Gleison de Abreu Silva, o "Japão", de 33 anos, ser preso no último dia 4, como autor do assassinato do segurança Reginaldo de Souza, o Apolo, de 47 anos, no dia 2. De acordo com a polícia, foi Japão quem planejou o assalto a joalheria.

- Japão foi quem planejou o assalto à joalheira em Barra Mansa. Descobrimos que a quadrilha já tinha elaborado outro plano para assaltar a Brasfels, em Angra dos Reis, onde ele (Japão) já trabalhou e conhecia todo o esquema de funcionamento do estaleiro, inclusive o dia de pagamento. A intenção era praticar um assalto milionário, para isso, já tinha alugado uma lancha, em Angra, e um sítio, na cidade paulista de Cunha, que faz divisa com Paraty, no Estado do Rio - explicou o delegado-adjunto Michel Floroschk, dizendo que eles teriam acesso ao estaleiro usando crachás e fugiriam pela parte de trás.

Segundo o delegado, Japão fazia o planejamento dos roubos e trazia os outros integrantes da quadrilha que moravam nas comunidades da Rocinha, Vidigal e Vila Vintém, no Rio. O criminoso teria ganhado prestígio e posição entre os líderes da facção ADA (Amigos dos Amigos), porque teria se colocado a disposição para matar dois policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Vidigal. O duplo homicídio não aconteceu.

Para a prisão dos suspeitos no Rio, a Polícia Civil de Barra Mansa contou com o apoio da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais).

Os suspeitos foram indiciados por associação criminosa e roubo majorado. Eles serão transferidos hoje para a Casa de Custódia de Volta Redonda.

Paulo Dimas
Jackson, Leonel, José e Rafael

Na sequência: Jackson, Leonel, José e Rafael
Japão telefona para a mãe e debocha de crime
Na apresentação dos suspeitos, também foi divulgada uma escuta telefônica, autorizada pela Justiça, em que um homem - que segundo a polícia é Japão - liga para uma mulher, que ele chama de mãe, para ridicularizar Apolo, que no momento do crime, teria implorado para não ser morto. Quando foi apresentado, Japão disse que o segurança teria sido morto por engano. Confira abaixo o que pode ser ouvida no áudio.
Japão: "Mãe, apaga os meus números tudo, com essa ligação que eu fiz aí, porque tem um fortão deitado no chão lá".
Japão: "Escutou?"
Mãe: "Escutei"
Japão: "Ele disse: Ai, sai! Pelo amor de Deus!"

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