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Será
convocada uma audiência pública para discutir o exercício da profissão
de Designer de Interiores. A decisão foi anunciada pela deputada federal
Andreia Zito (PSDB-RJ) na última segunda-feira, 26, em reunião com a
ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores). O requerimento
deverá ser entregue à Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público nesta quarta, 28, em Brasília. A medida é um importante passo na
trajetória de luta da categoria que tenta, há mais de 30 anos,
regulamentar a profissão.
“O
designer de interiores sempre existiu, mas há uma falta de compreensão
da profissão e de saber da importância de ter um espaço criado para
atender a particularidade de cada indivíduo ou grupo. Trabalhamos com
desenvolvimento sustentável, com saúde e acessibilidade”, explicou Nora
Geoffoy, Coordenadora do Curso de Composição de Interior da UFRJ.
Tramita
na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei (PL 4296/2012) do deputado
federal Ricardo Izar (PSD/SP) que tenta regulamentar a profissão, e que
Andreia Zito é a relatora. Em reunião no gabinete da deputada os
representantes da ABD puderam explicar as atribuições do Designer de
Interiores.
“Procuramos
ouvir a classe e fazer uma audiência pública. Esse contato é muito
importante para conhecermos a categoria e sanar qualquer dúvida”,
explicou Andreia.
Atualmente,
no Brasil, são 90 cursos técnicos, 77 tecnológicos e 17 bacharelados
que formam profissionais para atuarem na área que já existe há mais de
100 anos, e que ainda não foi regulamentada, mesmo com as instituições
de ensino reconhecidas pelo MEC e com atuação permitida pelo Ministério
do Trabalho. De acordo com a vice-presidente da ABD, Bianka Mugnatto,
principalmente agora, em um momento de explosão imobiliária há a
necessidade de profissionais para atuarem na área. “A profissão não é
elitista. Com a demanda do Minha Casa Minha Vida, por exemplo, as
pessoas precisam comprar móveis e é necessário ter alguém capacitado
para orientá-las, e com a regulamentação passaremos a ter reconhecimento
e obrigações perante à sociedade”.