Essas eram as duas principais dúvidas no desenho da regulamentação da
emenda constitucional que instituiu novos direitos para os trabalhadores
domésticos, aprovada no Congresso em março.
Segundo a Folha apurou, o Executivo manterá a contribuição de
12%, que cobrirá -além do INSS- auxílio contra acidente de trabalho,
seguro-desemprego e salário-família -benefícios introduzidos pelas novas
regras.
Nas últimas semanas, o governo cogitou reduzir para 8% a alíquota
patronal do INSS para compensar parte do aumento dos custos decorrentes
dos novos direitos.
A ideia acabou descartada para não afetar esses novos direitos dos trabalhadores.
Por outro lado, a preocupação da Casa Civil, que toca as discussões, é
não estimular o empregador a preferir o risco da informalidade.
Com os desenho adotado pelo governo, a Previdência deverá ter de arcar com parte das despesas extras geradas pela nova lei.
O argumento de que não se pode instituir uma espécie de subcategoria de
empregado tem prevalecido no Palácio do Planalto. Mas há um entendimento
de que é preciso permitir algumas flexibilizações de regras para
trabalhos específicos, como babás e cuidadores de idosos.
Segundo a posição do governo, é preciso permitir que patrão e
trabalhador adotem horários mais flexíveis, inclusive em turnos
alternados, já que esse tipo de profissional costuma dormir no serviço.
A previsão inicial é que o Planalto envie a regulamentação ao Congresso
em forma de medida provisória, instrumento legal de validade imediata,
mas que requer aprovação pelo Legislativo para manter sua vigência.
PISO EM SÃO PAULO
O piso salarial de R$ 900 para os empregados domésticos mensalistas é o
principal item da pauta de reivindicações entregue pelo Sindoméstica-SP
(Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da Grande São
Paulo) ao sindicato patronal.
O valor supera o salário mínimo regional de São Paulo, de R$ 755.
A entrega da pauta é o primeiro passo para definir a convenção coletiva,
que determinará algumas regras de pagamentos e de benefícios dos
domésticos.
A assembleia dos empregadores para a avaliar o tema será no dia 27.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/05/1282140-inss-para-patrao-de-empregado-domestico-fica-em-12.shtml