No
final do mês de maio, vai ocorrer o 2º Congresso nacional da ANEL,
Assembleia Nacional dos Estudantes- Livre. A ANEL é uma alternativa de
organização do movimento estudantil brasileiro que surgiu diante da
incapacidade, imobilidade e indisposição da UNE em organizar a juventude
brasileira para se enfrentar com os ataques do governo do PT contra o
ensino público brasileiro. Por isso, desde 2009, a ANEL vem se
consolidando como essa alternativa e tendo papel central junto aos
sindicatos filiados à CSP Conlutas e junto à própria central na luta em
defesa da Educação pública, gratuita e de qualidade.
Para
além disso, a ANEL nesses 4 anos, veio resgatando uma tradição muito
importante no movimento estudantil, que é de batalhar para que uma
parcela da juventude brasileira lute ao lado da classe trabalhadora, que
assuma uma posição classista no interior das universidades e escolas
brasileiras, transcendendo o ideal da juventude para um mundo mais
justo, mais igualitário, sem exploração e sem opressão.
É
por esse papel imediato, nas greves, lutas e manifestações e por
esse papel histórico, de trazer parte da juventude brasileira para a
luta em defesa da classe trabalhadora, que o 2º Congresso Nacional da
ANEL ganha grande importância para a CSP Conlutas e por consequência
para suas entidades, oposições e movimentos filiados.
Nesse
sentido, os dirigentes da ANEL estão entrando em contato com as
entidades, oposições e movimentos filiados em todo o país para solicitar
apoio político e financeiro para o Congresso. É de fundamental
importância que a ANEL desenvolva sua capacidade de auto-organização e
auto-financiamento, o que vem sendo feito com êxito de um período para
cá. Os dois Congressos
anteriores da entidade – de fundação em 2009 e o primeiro em 2011 -
foram majoritariamente financiados pela taxa do Congresso, arrecada
pelos estudantes através de campanhas financeiras e apoio dos
sindicatos. Além disso, o Congresso contou com o apoio de Sindicatos e
da própria CSP Conlutas, mas é fato que houve um protagonismo do esforço
do movimento estudantil em garantir o Congresso politica, organizativa e
financeiramente.
Esta
experiência está se repetindo na organização do 2º Congresso. É por
reconhecer este esforço, que localizamos a importância e necessidade de
os Sindicatos, entidades e movimentos filiados à CSP
Conlutas ajudarem politica, organizativa e financeiramente no
Congresso. Não como uma forma de as entidades substituírem a obrigação e
o esforço da ANEL em se sustentar, mas como uma forma de reconhecer as
limitações que o movimento estudantil independente tem em levantar os
recursos necessários para realizar atividades da envergadura do
Congresso.
A
opção que a UNE fez foi de aceitar dinheiro do governo federal, abrir
de mão de toda sua independência política e fazer parceria com governo e
empresas para realizar suas atividades. A taxa do Congresso da UNE é
baixíssima e não consegue pagar os grandes espaços que esta entidade
consegue para realizar suas atividades. A ANEL não quer reproduzir esta
lógica, porque isso a compromete politicamente, e destrói seu potencial
de mobilização combativa e independente. É por isso que a entidade
recorre a seus aliados de classe, seus aliados estratégicos, para que a
capacidade de sustentação financeira da entidade e de seu Congresso
esteja a serviço da luta.
Contamos com o apoio e a colaboração de todos e todas
Saudações de Luta
Secretaria Executiva Nacional CSP Conlutas