Nos dias 30 de maio a 2 de junho, em
Juiz de Fora-MG, será realizado o II Congresso da ANEL – Assembleia
Nacional dos Estudantes Livre. Durante o congresso será fortalecida a
luta dos estudantes no Brasil e no mundo por melhores condições de
ensino e trabalho, a luta contra as opressões que envolve
negros, homossexuais e mulheres, a campanha para o uso dos 10% do PIB
brasileiro na educação.
Na nota oficial divulgada pela Anel (confira a nota) foram apontados os temas que serão discussão do congresso:
Outros Maios Virão
Os jovens são convocados para
participarem da luta, em busca de um futuro e trabalho digno, como
ocorrido em maio de 1968 (ano que se estalou uma greve geral na França e
contou com forte adesão dos movimentos estudantis na luta pela
esquerda, os direitos sexuais e a educação). As lutas internacionais no
Egito, Líbia, Tunísia, Síria e Lêmen derrotando ditaduras e os jovens
que lutam por empregos na Espanha, Portugal, Itália e Grécia demonstram
que não se pode desistir, e por isso, a Anel terá uma intensa delegação
internacional presente no congresso.
Chega de Injustiças contra toda forma de opressão
As lutas contra as opressões terá grande
peso no 2º congresso. Após o sucesso da Cartilha LGBT, avançam as
campanhas contra a homofobia. Também serão realizados debates sobre as
Cotas Raciais e o combate ao racismo, que tem afligido principalmente
aos jovens.
A Anel, em conjunto do Movimento
Mulheres em Luta, avançara na luta pelo fim dos trotes machistas, dos
estupros dentro dos campi, o fim do assédio dos professores e o direito à
creche universitária.
Campanha 10% do PIB para a educação
Segundo declarado na nota oficial da
Anel, o governo não investe o necessário para formar e capacitar jovens
que possam produzir conhecimento. Hoje, cerca de 5% do PIB apenas é
investido em educação. A consequência disso é alarmante: quase 10% da
população ainda é analfabeta; um a cada 5 brasileiros é analfabeto
funcional; quase metade da população com mais de 25 anos (49,3%) não tem
o ensino fundamental completo; apenas 18% das crianças de até três anos
estão nas creches!
Para reverter o quadro de abandono da
educação, são levantadas lutas como a não privatização do petróleo
brasileiro, investimento de R$2 bilhões para o Programa Nacional de
Assistência Estudantil, a não privatização de hospitais universitários
feito pelo Ebersh e o fortalecimento nacional da campanha “Cotas
Raciais: eu defendo SIM! A juventude negra tem direito ao futuro!”