O governador do Rio, Sérgio Cabral, enviou ontem à Assembleia
Legislativa (Alerj), o projeto de Lei (PL2055/13) que pretende acabar
com oscargos
administrativos na rede estadual de ensino. Entre eles estão os de
merendeiras, porteiros, serventes e vigias da Secretaria Estadual de
Educação. A proposta visa atender contestação do Tribunal de Contas do
Estado (TCE) em relação ao processo de terceirização em cargos do
estado.
Foto: Divulgação
O despacho do Executivo já chegou à Alerj e, por ser mensagem enviada
pelo próprio governador, entra imediatamente na pauta de votação da Casa
— o que exige tramitação em regime de urgência. No texto, Sergio Cabral
explica a necessidade do projeto: “A terceirização dos serviços por
meio de empresas
especializadas, além de permitir a execução do serviço de forma mais
eficaz, reduz o custo advindo da sua prestação”. O projeto destaca ainda
os altos custos na realização de concursos públicos e o custeio dos
servidores administrativos, que oneram a receita do estado.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) argumenta
que a atitude do governo vai na contramão das orientações do TCE e
prejudica os servidores. “Vamos nos mobilizar para evitar a aprovação na
Alerj e pediremos ajuda do Ministério Público, visto que este projeto representa a falta de compromisso do estado com os servidores”, diz Marta Moraes, coordenadora do Sepe.
Na Alerj, alguns deputados já manifestaram ser contra o projeto. “Estes
cargos são parte importante dentro das escolas e não podemos permitir
que sejam extintos. Vamos debater a questão na Comissão de Educação para
evitar que seja aprovado”, destaca o deputado estadual Comte
Bittencourt (PPS), presidente da comissão.
Para suprir vagas abertas
O envio do projeto visa suprir carência de servidores em locais onde há
falta de pessoal. O objetivo também é para cobrir vagas não preenchidas
por servidores que se recusam a ser transferidos. Desde o ano passado, a
terceirização tem causado desconforto na categoria, que ameaça entrar
em greve.
Apesar de a remoção para outras escolas resultar em benefício como gratificações para professores, muitos recusam se transferir para locais distantes ou áreas de risco, em geral, na Baixada Fluminense. Duque de Caxias e São João de Meriti sofrem com falta de profissionais.http://odia.ig.com.br/portal/economia/projeto-de-lei-do-governo-estadual-prop%C3%B5e-substituir-cargos-de-merendeiras-e-serventes-1.564028
Apesar de a remoção para outras escolas resultar em benefício como gratificações para professores, muitos recusam se transferir para locais distantes ou áreas de risco, em geral, na Baixada Fluminense. Duque de Caxias e São João de Meriti sofrem com falta de profissionais.http://odia.ig.com.br/portal/economia/projeto-de-lei-do-governo-estadual-prop%C3%B5e-substituir-cargos-de-merendeiras-e-serventes-1.564028