Para mudar este quadro, Ministério da Saúde faz campanha para que as
pessoas façam o exame rápido, que dá resultado em meia hora; no Sul
Fluminense, estimativa é de que haja 15 mil soropostivos
Sul Fluminense
Em todo o país, as estatísticas assustam. Segundo dados do Ministério
da Saúde, o número real de infectados pelo vírus HIV é 10 vezes o
número de pacientes atendidos pelas unidades de saúde dos municípios. A
informação é tão alarmante que o Governo Federal lançou esta semana uma
campanha de Mobilização Nacioanl de Prevenção e Testagem de Sífilis, HIV
e Hepatites Virais. Com o slogan Fique Sabendo, a iniciativa pretende
utilizar testes rápidos para detectar as doenças sexualmente
transmissíveis o mais precocemente possível.
A campanha faz parte das ações em referência ao Dia Mundial de Luta
contra a Aids, lembrado em 1º de dezembro e está sendo realizada em
parceria com estados, municípios e a sociedade civil. Atualmente no
Brasil. 530 mil pessoas vivem com o vírus HIV e cerca de 30% dos
pacientes infectados procuram o serviço de saúde tardiamente.
Especialistas garantem que o Brasil tem o melhor tratamento do mundo.
Desde 1994, o país produz quase metade dos 20 medicamentos anti-HIV,
que compõem o coquetel oferecido pelo Governo Federal aos pacientes. A
fabricação nacional deixa o custo em cerca de R$ 12 mil por paciente a
cada ano, enquanto países como os Estados Unidos gastam mais de R$ 20
mil.
No Sul Fluminense, estatísticas indicam haver cerca de 15 mil
portadores do HIV nas quatro maiores cidades da região: Volta Redonda,
Barra Mansa, Angra dos Reis e Resende.
André (nome fictício) descobriu a doença há 2 anos. Seu maior medo é
ser vítima do preconceito. “Eu não falo sobre o assunto a pessoas que eu
não conheço e só vou a consultas médicas em outra cidade. Não quero ser
apontado como uma pessoa doente”, disse ele, que calcula ter contraído a
doença 8 anos antes da descoberta.
O morador de Volta Redonda não é o único a buscar atendimento médico
fora da cidade onde mora. Segundo levantamento recente feio pelo jornal
FOLHA DO INTERIOR, as secretarias de saúde de todas as cidades do Sul
Fluminense realizam consultas médicas a soropositivos moradores de
outros municípios.
Volta Redonda tem mais; Angra tem menos
Entre as quatro maiores, a cidade do aço ocupa o topo em número de
pacientes cadastrados. Hoje, a Secretaria Municipal de Saúde tem em seu
cadastro, 800 pessoas portadoras do vírus HIV. Em 2011 foram 84 novos
registros e entre janeiro e setembro deste ano, 80 pessoas entraram para
o cadastro no município.
De acordo a forma de contagem criada pelo Ministério da Saúde, Volta
Redonda deve ter cerca de 8 mil soropositivos, que sequer sabem que
carregam o vírus.
Outro dado alarmante diz respeito ao aumento no número de
contaminação pelo vírus entre os idosos. Segundo estudiosos do assunto,
isso se deve ao fato de que hoje a terceira idade está mais ativa,
participa de eventos sociais e grupos de viagens e namora mais.
A cidade de Angra dos Reis tem o menor índice de portadores de HIV,
de acordo com levantamento feito pelo jornal FOLHA DO INTERIOR. Hoje, o
município tem 123 soropositivos no cadastro da Secretaria de Saúde.
Destes, 63 recebem tratamento.
Em Barra Mansa, cujo cadastro indica 440 pessoas infectadas pelo
vírus HIV, o Neo-Natal, desenvolvido dentro do Programa DST (Doença
Sexualmente Transmissível) evitou, em 10 anos, que 60 crianças tivessem o
vírus do HIV.
Os números de registros de pacientes soropositivos em Resende chegam
hoje a 170. Assim como em Volta Redonda, Barra Mansa e Angra dos Reis, o
município também desenvolve programas de atendimento e apoio aos
pacientes diagnosticados como portadores do HIV.
Sintomas
Os primeiros sintomas da AIDS podem surgir após aproximadamente 1 mês
da contaminação, podendo ser febre alta, mal estar, dor de garganta e
tosse seca.
Estes sintomas iniciais da AIDS duram em média 14 dias e podem ser
confundidos com outras doenças, como a gripe comum, por exemplo, e em
alguns indivíduos mesmo que se faça o teste do HIV, neste período o
resultado será um falso negativo. Ou seja, o indivíduo apesar de estar
contaminado com a doença e já poder transmití-la para outros ainda não
possui uma quantidade suficiente de anticorpos anti-HIV no sangue, que
possa ser detectada pelo teste do HIV.
Os principais sintomas da AIDS surgem, em média após 10 anos da contaminação. São eles:
Febre persistente, tosse seca prolongada, suor noturno, edema dos
gânglios linfáticos por mais de 3 meses, cefaléia, dor articular ou
muscular, cansaço ou perda de energia, rápido emagrecimento sem dieta,
candidíase oral ou genital persistente, diarreia que persiste por mais
de 1 mês e manchas avermelhadas ou pequenas erupções na pele.
Fatores de Risco
Por meio do contato sexual – incluindo sexo oral, vaginal e anal
Pelo sangue – via transfusões de sangue (atualmente, extremamente raro nos Estados Unidos) ou por compartilhar agulhas
De mãe para filho – uma mulher grávida pode transmitir o vírus para o
feto pela circulação sanguínea compartilhada ou uma mulher amamentando
pode transmitir o vírus para o bebê através do leite.
Outras formas de disseminação do vírus são raras e incluem lesão
acidental por agulha, inseminação artificial com sêmen doado por
infectado e transplante de órgãos com órgãos infectados.
A infecção pelo HIV NÃO é transmitida por:
Contato casual como abraçar
Mosquitos
Participação em esportes
Tocar objetos tocados anteriormente por uma pessoa infectada pelo vírus http://folhadointerior.com.br/v2/page/noticiasdtl.asp?t=REGI%C3O+PODE+TER+MAIS+DE+15+MIL+INFECTADOS+PELO+HIV&id=52232