Fenômeno mundial das redes sociais, principalmente num país emergente
como o Brasil, o Face é um vício. Eu, sinceramente, admiro aquelas
pessoas que não têm um perfil lá. E muito. Mas, não aqueles por não
quererem aparecer publicamente, pois são de camadas da sociedade que não
lhes permite tal atitude.
Quem não tem saco nem interesse
Eu acho o máximo aquele cidadão que diz que não tem saco nem
interesse. Para mim, esse ser está um pouco acima do bem e do mal. O que
não é o meu caso. Eu amo postar fotos. E abro todo dia a minha página,
religiosamente. E ávida por novidades e posts. Contudo, se estiver num
lugar sem conexão, não vou ter crises de abstinência pela falta do
“Livrocara” por um dia na minha vida. Até dois. Porém, ficarei bem
curiosa.
Parece que as pessoas passaram a viver para o Facebook ver. As fotos
são tiradas, pensando-se nos comentários que fomentarão. Os comentários
postados, totalmente pensados nas reações alheias. Trata-se da vida para
o outro. Chego a me perguntar se a vida que rola no Face, às vezes, não
parece estar muito mais interessante do que a vida real, a vida como
ela é. Curioso para mim é que, quando a minha própria vida está
“bombando”, eu quase chego a esquecê-lo.
Tudo pelo site de relacionamentos
Outra coisa que me chama a atenção é que deveria ser criado um guia
de boas maneiras no Facebook. Ou existir uma “Socila” para se aprender a
transitar por ali sem cometer gafes. Afinal, o Facebook tornou-se uma
ferramenta de sociabilidade. Ou quem sabe antissociabilidade? Afinal, as
pessoas não saem mais, não se falam. Elas fazem tudo pelo site de
relacionamentos. Uma loucura! Uma vida virtual.
Não existe mais ligar no dia dos anos de alguém para se desejar um
sonoro “Feliz aniversário”. Que saudades dos telefonemas! E o quesito
“em um relacionamento sério”? Eu me divirto com essa parte.
Relacionamento sério é muito cafona, vamos combinar.
Bolha existencial
Contudo, com todos esses pequenos detalhes, admito que o Zuckenberg,
um rapaz que tinha algumas dificuldades de relacionamento (vide o filme
sobre a criação do Facebook), é genial e conseguiu superar seus
problemas, criando um site que, para alguns pode atuar como um agente de
aproximação e para outros um instrumento para nunca mais se sair de uma
bolha existencial.
Mas que ele resolveu o problema dele, ninguém pode negar!http://www.olhovivo.ca/colunistas/193/facebook-precisa-de-um-guia-de-boas-maneiras/