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NOTA PÚBLICA ASSINADA PELA CANDIDATA DO PSTU À PREFEITURA DE VOLTA REDONDA, PROFESSORA ISABEL FRAGA. PELA GRAVIDADE DO FATO DE REPERCUSSÃO NACIONAL,
PSTU repudia locaute da General Motors em São José dos Campos (SP)
O objetivo da GM é intimidar os trabalhadores, aterrorizar a cidade e impedir a mobilização dos operários
É necessário apoiar a luta dos metalúrgicos pelo emprego
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• Os trabalhadores da General Motors em São
José dos Campos (SP) foram surpreendidos, na manhã desta terça-feira,
24 de julho, ao serem impedidos de entrar na empresa para trabalhar.
Durante a madrugada, a empresa deu ordens aos trabalhadores do terceiro
turno para que deixassem a fábrica antes mesmo do término de seu horário
de trabalho. A ação realizada pela GM caracteriza-se como um locaute
(greve patronal), prática proibida pela legislação brasileira, e é uma
resposta covarde da empresa às mobilizações dos trabalhadores. Desde o
final de 2011, a GM vem demitindo trabalhadores nas plantas de São José
dos Campos e São Caetano. Recentemente, a empresa fechou o segundo turno
do MVA (Montagem de Veículos Automotores) na planta de São José, setor
da fábrica responsável pela produção de veículos comerciais leves, como,
por exemplo, o Corsa. Agora, a intenção da empresa é fechar todo o
setor do MVA, o
que implicaria em aproximadamente 1.500 demissões. Um desastre social
para São José dos Campos e a região do Vale do Paraíba. Desde o início
deste processo o PSTU tem apoiado as mobilizações dos trabalhadores e a
campanha pela manutenção dos postos de trabalho realizada pelo Sindicato
dos Metalúrgicos de São José, filiado à CSP-Conlutas. Esta campanha
ganhou mais força e visibilidade nas últimas semanas com a realização de
passeatas, caravana a Brasília, paralisações e uma greve de 24 horas.
Para esse dia 24 estavam programados uma assembléia com os operários da
empresa, assim como um ato nacional que contaria com a presença de
representantes de inúmeros sindicatos, centrais sindicais e partidos
políticos. Utilizando-se da desculpa de proteger a integridade física
dos trabalhadores, a GM veiculou uma nota que não consegue esconder os
reais motivos do locaute. Ao citar as razões pelos quais optou por esta
ação, a nota da
empresa afirma que “considerando as fortes evidências de mobilizações
internas na Fábrica de São José dos Campos nas últimas horas” a empresa
optou por conceder licença remunerada a todos os funcionários. A nota
veiculada pela empresa não deixa margem para dúvidas: por mais que a GM
busque esconder estamos perante um locaute patronal cujo objetivo é
impedir a organização democrática e a mobilização dos trabalhadores. E
isso reforça a preocupação de que a empresa queira demitir 1500
trabalhadores sem que haja reação. O PSTU repudia a ação vergonhosa da
empresa. O objetivo da GM é intimidar os trabalhadores, aterrorizar a
cidade e impedir a mobilização dos operários e do sindicato em defesa do
emprego. Esta atitude antidemocrática é ainda mais grave, pois ocorre
um dia antes da realização de uma reunião entre o sindicato, a empresa, o
Ministério do Trabalho e a prefeitura, reunião esta marcada com o
objetivo de
avançar nas negociações para evitar as demissões. O locaute da GM
demonstra a completa intransigência da empresa e sua enorme
irresponsabilidade social.
Dilma deve garantir a estabilidade no emprego
A ação da GM é ainda mais irresponsável se
levarmos em conta que a empresa tem recebido vultuosos benefícios
fiscais do Governo Federal, como a isenção do IPI, o que tem gerado
generosos lucros para seus acionistas. Somos contra a isenção fiscal
para as empresas que, como já dissemos, só beneficiam as empresas e não
garantem nada para os trabalhadores. O PSTU apóia a luta dos
trabalhadores da GM em defesa da manutenção dos postos de trabalho.
Exigimos da presidente Dilma que ela utilize seu poder de pressão sobre a
empresa, garantindo a estabilidade no emprego para os trabalhadores da
GM de São José. Chamamos a todos os sindicatos e movimentos sociais do
país para uma campanha de apoio à luta dos trabalhadores da GM e contra
as demissões. Outros ataques estão sendo feitos pelas grandes empresas
contra o emprego dos trabalhadores. Unifiquemos nossa luta contra as
demissões na GM e em todo o país.