O projeto de lei do Marco Civil da Internet (PL 2126/11), cujo relator é
o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), foi divulgado ontem no
site e-Democracia.
O texto, com o parecer de Molon sobre a proposta, está aberto a
sugestões da sociedade civil até esta sexta . A votação do relatório
final na Comissão Especial será marcada na próxima semana.
O Projeto do Marco Civil da Internet (PL 2126/11), em análise na
Câmara, já prevê direitos como a proteção à privacidade do usuário da
internet para evitar que seus dados pessoais sejam vendidos como
mercadoria sem a sua autorização.
Além da publicação do projeto de lei com comentários, a Comissão de
Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática vai realizar audiência
pública para discutir a proteção de dados pessoais e privacidade na
internet com representantes do governo e de empresas, como o Google e o
Facebook.
A iniciativa do debate, ainda sem data marcada, é do deputado Ruy
Carneiro (PSDB-PB). “A internet tem-se desenvolvido como uma plataforma
aberta onde ocorre a rápida disseminação de informações e o acesso a
inúmeros dados pessoais, o que é simultaneamente um desafio e um risco,
mas também uma oportunidade para empreendedores e inovadores, visando o
crescimento econômico do País”, afirma Carneiro.
O deputado ressalta que qualquer iniciativa legislativa sobre a
privacidade de dados pessoas deve respeitar os princípios
constitucionais sem prejudicar a dinamicidade da rede internet.
O que é o marco civil?
É um projeto com um conjunto de leis que estabelecem direitos de
internautas, provedores na rede e do governo. É “uma espécie de
constituição da internet”, define o secretário de assuntos legislativos
do Ministério da Justiça, Felipe de Paula. No âmbito governamental, o
marco civil tem uma diretriz para que o acesso à internet seja encarado
como um direito da população.
Quais os objetivos do marco civil?
Um dos principais motivos da criação do projeto de lei é a insegurança
jurídica, que acaba gerando “decisões inconsistentes”, segundo o
secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça no
judiciário. Um exemplo foi o caso da modelo Daniela Cicarelli. Após
processar o site YouTube, pelo fato de usuários terem postado um vídeo
íntimo da modelo, um juiz havia determinado que o site de vídeos fosse
bloqueado no país.
Quem participa da elaboração do marco civil?
Lançado em outubro de 2009, a iniciativa para a criação do projeto
partiu da Secretaria de Assuntos Legislativos da Justiça (SAL/MJ) e a
Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas. Porém,
qualquer pessoa que quisesse opinar ou sugerir pontos sobre para a lei
poderia fazê-lo no site Culturadigital.br/marcocivil.
Agora, o texto com o parecer de Molon sobre a proposta está aberto a
sugestões da sociedade civil até esta sexta (6) e a votação do relatório
final na Comissão Especial será marcada na próxima semana.
* Com informações da Agência Câmara