Brasília – Relatório divulgado pelo Programa Conjunto das
Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) indica que 34,2 milhões de pessoas
vivem com HIV no mundo, sendo 30,7 milhões de adultos, 16,7 milhões de
mulheres e 3,4 milhões de menores de 15 anos.
A África Subsaariana registra o maior número de pessoas infectadas,
com 23,5 milhões, seguida pela Ásia Meridional e Sul-oriental, com 4,2
milhões. A Oceania tem a menor estimativa com 53 mil infectados. Na
América Latina, são 1,4 milhão.
Dados indicam ainda que, em 2011, 2,5 milhões de novas infecções
foram identificadas no mundo, sendo 2,2 milhões em adultos e 330 mil em
menores de 15 anos. O número representa mais de 7 mil novas infecções
por dia e 97% delas foram notificadas em países de baixa e média renda.
A África Subsaariana lidera o ranking com 1,7 milhão de novas
infecções. Em seguida, aparecem a Ásia Meridional e Sul-oriental (300
mil) e a Europa Oriental e Ásia Central (170 mil). Na América Latina, 86
mil pessoas foram infectadas pelo vírus em 2011.
Já as mortes provocadas pelo HIV no mesmo período totalizaram 1,7
milhão, sendo 1,5 milhão entre adultos e 230 mil entre menores de 15
anos de idade. Na América do Norte, 20 mil pessoas morreram no ano
passado em decorrência do HIV; na região do Caribe, 10 mil; na América
Latina, 57 mil; na Europa Ocidental e Central, 9,3 mil; na Europa
Oriental e Ásia Central, 90 mil; na Ásia Oriental, 60 mil; na Ásia
Meridional e Sul-oriental, 270 mil; no Norte da África e Oriente Médio,
25 mil; na África Subsaariana, 1,2 milhões; e na Oceania, 1,3 mil.
O coordenador do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, explicou que o alto
número de pessoas com HIV no mundo é reflexo da queda das mortes
provocadas pela doença, sobretudo em razão da ampliação do acesso a
medicamentos antirretrovirais.
“São pessoas que estão vivendo mais e não morrendo, como antes”,
disse. “Esta é a primeira vez que a ONU publica um relatório com uma
perspectiva positiva, de que poderemos alcançar em 2015 o controle da
epidemia”, completou.
Ele destacou a queda de registros da doença na África Subsaariana,
resultado pouco esperado diante das perspectivas apresentadas nos anos
1980 e 1990. Mas ressaltou que a doença avança na Rússia e na Ásia
Central.
Chequer alertou também que as mulheres representam quase a metade do
contingente de pessoas que vivem com HIV no mundo. Segundo ele, há
preocupação, em particular, com as novas infecções entre mulheres e
homossexuais jovens.http://www.folhadointerior.com.br/v2/page/noticiasdtl.asp?t=MAIS+DE+34+MILH%D5ES+DE+PESSOAS+VIVEM+COM+HIV+NO+MUNDO,+APONTA+RELAT%D3RIO+DA+ONU&id=48132