Este texto é engraçado, mas real na opinião das mulheres, encontreio no casalsemvergonha.com, aprecie com moderação !E as meninas/mulheres que gostarem favor "curtir" para expressar sua opinião.
Pegue um pneu furado no meio de uma estrada inóspita, uma loira
gostosa pedindo socorro e dois ou três brutamontes vestidos com macacões
de mecânico entreabertos. Misture tudo no mesmo recipiente e bata com o
auxílio de um pau duro. Acrescente uma pitada de gemidos e finalize com
gozo a gosto. Coloque no forno para esquentar e…
Pronto, está feito um filme pornô no melhor estilo Brazzers, YouPorn ou
PornTube, aqueles bem apropriados para desperdiçar vigorosos pares de
espermatozóides de garotos punheteiros no auge da puberdade. Que esses
filmes funcionam para aliviar a tensão, todo mundo sabe. Não é nada mal
brincar um pouquinho consigo mesmo depois de um longo e estressante dia
de obrigações. Mas será que essa é, de fato, a melhor fórmula pornô para
estimular sexualmente homens e mulheres?
Antes que os mais acalorados atirem a primeira pedra, adianto que não
vou pura e simplesmente meter o pau – que nem tenho – nas produções
pornográficas. Afinal, admito a importância do pornô para as relações
sexuais humanas. Muitas cenas servem de inspiração para o sagrado sexo
nosso de cada dia. Confesso que assisto a um pornozinho sempre que posso
– e quem nunca assistiu é, definitivamente, a mulher do padre. Comecei
novata, aos 12 ou 13 aninhos, avançando e rebobinando fitas VHS para
assistir às cenas mais calientes de alguns filmes da videoteca de casa.
Pouco tempo depois, evoluí para o finado Cine Privê e suas Emanuelles,
companheiros fiéis das então solitárias noites de sábado. Finalmente
parti para a sacanagem hard core, em sites que enchem o computador de
vírus – e estava literalmente me fodendo para isso.
Hoje, do alto dos meus vinte e pouquíssimos anos, posso dizer que os
filmes pornôs foram bons professores técnicos, porém, deixaram a desejar
como educadores. Provavelmente, se não fosse a indústria pornográfica,
eu, você e a sua parceira sexual mal saberíamos que um par de bolas
pode, sim, ser chupado. Mas também, possivelmente teríamos cruzado com
menos homens-britadeira, que acham que repetir um movimento
uniformemente acelerado exercendo uma pressão de um milhão de atm é mais
do que suficiente para levar uma mulher à loucura na cama. Falta um
olhar cuidadoso e feminino, que mostre que é possível praticar sexo sujo
com beijo na boca, que o vocabulário da cama pode ir muito além do
simples “fuck me” e que sexo oral é um exercício de troca. Embora já
haja algumas produtoras preocupadas em criar filmes mais sensíveis, o
YouPorn ainda precisa aprender que talvez eu não queira fazer sexo com
as mulheres mais quentes da minha cidade.
Abaixo o Kid Bengala, mas não a bengala do Kid. E levanto a bandeira
por um pornô mais sensível. De pau duro, mas sensível. Sujinho, mas
sensível. Nada soft demais, que me emocione ou que me faça chorar –
longe disso. Apenas algo que me faça sentir mais mulher e menos objeto,
que preze pelo princípio da retribuição de prazer, que me dê a
possibilidade de gozar com o meu próprio pau. Afinal, mulher também
gosta de sacanagem. E nessa luta por igualdades, eu também quero botar o
pau na mesa e gozar.