A incrível história da estudante de 23 que resolveu fazer sexo com 251 homens em 10 horas e provocou uma revolução!
Mas num filme que vi há alguns anos, “Sex: the Annabel Chong story”,
Annabel Chong aparece tentando provar que a mulher é insaciável mesmo.. O
documentário se esforça em descrever a trajetória de uma moça normal.
Grace — este é seu nome verdadeiro —, nascida e criada em Cingapura,
como seus pais, recebe de amigos e professores depoimentos favoráveis a
respeito de sua capacidade de pensar e criar teorias. Apenas um detalhe a
diferencia de todas as outras mulheres: ela decide fazer sexo com 251
homens no período de dez horas. Annabel jura que saiu ilesa da maratona:
“Só fiquei cansada e com alguns arranhões nos cotovelos e joelhos.” Na
mesma semana já estava transando com um colega. “Dar 300 autógrafos em
uma convenção é muito mais desgastante”, compara.
Filha única, Annabel, teve uma educação religiosa, mas foi na
adolescência, no colégio de freiras onde estudava, que teve sua primeira
experiência sexual, com colegas de classe. Aos 19 anos, foi estudar em
Cambridge, na Inglaterra. Certa noite parou na estação errada do metrô e
foi estuprada. Aproveitou o trauma para satisfazer a curiosidade de
experimentar “uma educação mais liberal” e conseguiu transferir-se,
algum tempo depois, para a USC School of Fine Arts, em Los Angeles.
Bissexual, experimentou vários tipos de relacionamento até que
resolveu responder a um anúncio de jornal recrutando atrizes para um
filme pornô. “Sempre quis experimentar todas as possibilidades de uma
relação sexual. A promiscuidade dissimulada na faculdade, onde todo
mundo transava com todo mudo, não me seduzia mais”, contou. Depois de
atuar em alguns filmes — já usando o pseudônimo de Annabel Chong — ela
conheceu o diretor John Bowen, que lhe propôs bater o recorde sexual.
Ocupando na mídia todo o espaço que sua façanha possibilita, Annabel
em pouco tempo aparece como heroína, saudada com gritinhos histéricos,
com direito até a fã clube. Indagada num programa de tevê sobre as
razões de sua atitude, ela solta frases que sugerem tratar-se de uma
luta política: “O número de pessoas não importa, se você vai atrás de
seus objetivos”, “Fazer sexo durante dez horas com 251 homens é a mesma
coisa que fazer sexo durante dez horas com um homem”. Será?
Decidida a cumprir sua missão, Annabel convoca pela televisão 300
homens. Um professor de antropologia declara: “Ela associa sexo com um
tipo de religiosidade, como se fosse uma seita. Sexo para ela é como uma
experiência espiritual iluminadora”. Pois bem, Annabel parte então para
o ‘altar de sacrifícios’. Numa mesa alta, ela observa os homens
amontoados à espera. Deita-se e abre as pernas.
A dor deve ser insuportável. Como a lubrificação necessária à
penetração se faz apenas durante a fase de excitação, a capacidade das
glândulas de a produzirem se esgota em pouco tempo. Mesmo usando um
lubrificador, é impossível não haver ferimentos na mucosa vaginal. Mas
Annabel resiste. Nesse momento, se apoderando do que há de pior na
sexualidade masculina das culturas patriarcais, ela concentra o sexo no
aparelho genital. Nega que a sexualidade sirva de veículo para ampla
variedade de sentimentos e necessidades, e transforma seu corpo numa
máquina.
Após se formar, Grace decidiu abraçar de vez a carreira pornográfica.
Passou a atuar, produzir e dirigir seus próprios filmes e a participar
de convenções e fazer shows de strip-tease, o que lhe permitia uma renda
de U$ 45 mil mensais. “Já participei de maratonas sexuais de 18 horas.
Me sinto com muito mais energia. E continuo frequentando orgias de
amigos. Pena que elas não sejam tão limpinhas quanto a do filme De olhos
bem fechados”, declarou.
Todos se perguntam por que uma mulher se dispõe a fazer sexo com
tantos homens em tão curto espaço de tempo. Inúmeras análises
sociológicas e psicológicas podem ser construídas sobre as razões de
Annabel. Se quis provar que a mulher não é vítima do pênis (ela havia
sido estuprada por seis homens), que é uma oriental que venceu na
América, ou simplesmente que sente prazer de estar na mídia e faturar
milhares de dólares, não se sabe ao certo.
Contudo, mais intrigante do que o desempenho de Annabel, existe outra
questão que causa tanta ou mais perplexidade: o que leva 300 homens a
ficar em pé durante várias horas, nus, em fila, como se estivessem num
campo de concentração, acariciando seus próprios pênis para mantê-los
eretos, tudo isso para penetrar uma determinada vagina, como se fosse a
única disponível no planeta?http://delas.ig.com.br/colunistas/questoesdoamor/annabel-chong-a-maquina-de-fazer-sexo-e-a-sexualidade-feminina/c1597786297753.html