Com a condenação da deputada Inês Pandeló, a comprovação da rejeição do prefeito Zé Renato e a ascenção nas pesquisas de Jonas após o desligamento do trio INÊS-RUTHINHA-JONAS, os bastidores da política em Barra Mansa estão efervecentes.
 
No PMDB estabele-se o maior drama, pois por falta de liderança e condução partidária, quatro figurões disputam uma cadeira na Câmara de Vereadores sem que hajam outros candidatos dispostos a completar votos para obtenção de legendas. Zé Abel (vereador campeão de votos no último pleito), Luis Antônio Cardoso (presidente da CMBM), Lula (trinta anos de vitórias ininterruptas) e Rodrigo Drable (mesmo não eleito, foi o quarto mais votado na última eleição), se expremem em busca de um lugar ao sol. Rodrigo inclusive, estaria assediando uma batalhão de pré-candidatos a vereador para desistirem da empreitada em troca de...deixa pra lá. Em face disto, o vereador Zé Abel já acena com uma desistência de candidatura, podendo apoiar o seu filho, que encontra-se filiado em partido menos complicado. Lula também corre o risco de abandonar o pleito, inclusive podendo até apoiar um candidato para a majoritária de outro partido. Até Luis Antônio pode se desmotivar se o PMDB não conseguir uma coligação que dê sustentação aos sonhos do PMDB. Acontece que ninguém em sã consciência, quer coligar-se com essa "barra pesada" e se por ventura o prefeito conseguir uma coligação de cima para baixo, certamente desmotivará os candidatos menores e o resultado também desenha-se como infrutífero.

No PSB, a vereadora Sônia Coutinho já desistiu de ser candidata a reeleição e aceita somente disputar o cargo de vice. Isso deixa o vereador Vicentinho isolado com mais quatro candidaturas supostamente "nanicas" e também carente de uma coligação para sobreviver. Da mesma forma, só o PMDB aceitaria, mas também fazendo "água".

Na aliança PT-PP, leia-se Inês e Ruthinha, a crise também está instalada por motivos óbvios. Segundo consta, pré-candidatos do PP, partido presidido po Ruthinha, ameaçaram abandonar o barco caso Ruthinha seja candidata a vereança. Sendo assim, só restaria a Ruthinha ser a vice de Inês, jogando o empresário Bruno Marine para escanteio, o que afinal de contas, depois dos últimos acontecimentos, não seria prejuízo nenhum para o jovem empreendedor.

O PV, por sua vez, que é noiva mais desejada do momento, não tem uma nominata tão expressiva assim, e a demora em selar a sua posição em relação ao apoio a candidatura majoritária, coloca o partido em risco de total descrédito. Segundo consta, o presidente do partido em Barra Mansa, teria declarada preferência pessoal por Inês, mas devido aos útlimos estragos, protelou a reunião onde seria sacramentado o desfecho do assunto. Sabe-se que membros do diretório tem prefência por Paulo, mas os dois vereadores eleitos tem preferência pelo Zé na expectativa de receberem as últimas migalhas da administração, e além disso, a maioria dos candidatos a vereador tem preferência por Jonas, que apresentou o pacote "econômico' mais vantajoso para as campanhas dos pré-candidatos. Conhecendo algumas das pessoas envolvidas como conheço, tenho convicção que o contrangimento será inevitável e as sequelas terão cicatrização demorada.

No PPS, o presidente do diretório municipal tem velada preferência por Jonas que é muito forte e residente em seu bairro de atuação política, mas declara apoio ao Zé, pois uma das legendas de apoio ao prefeito, interessam, e muito, ao PPS, para coligação visando o legislativo. Se caírem as máscaras, tudo faz terra.

No PDT, após a desistência de Claudio Manes, os pré-candidatos estão aflitos, destacando-se o ex-vereador Tainha e o filho do ex-vereador Pitombeira, o Marquinhos. Certo é que sem uma boa coligação, eles nem serão candidatos, mesmo com um forte suporte de Cláudio.

Até no PC do B, onde supostamente os ventos estariam soprando a favor, há uma abafada crise instalada, pois o candidato a prefeito precisa da coligação da legenda para conseguir mais apoios e tempo de TV, porém os pré-candidatos não abrem mão do compromisso prévio de que não haveria coligação plena.

Há ainda hipóteses de coligações decretadas no Rio ou em Brasília, mas a força da caneta não obrigará nenhum candidato a investir suas economias e o entusiasmo de seus trabalhos em candidaturas sem chances reais devido a cálculos de obtenção de legendas.

Porém, é prudente observar que poucas pessoas de Barra Mansa tem influência final decisiva em seus partidos e que caciques alheios as discussões locais podem decidir até mesmo o totalmente imponderável. No PMDB, apita Picciani. No PP, apita Dornelles. No PPS, apita Comte Bittencourt. No PR, apita Garotinho. No PSC, apita Delei, e assim por diante. Fora os pré-candidatos a prefeito que estão literalmente na briga, ninguém tem o derradeiro poder de decisão de suas legendas em suas mãos.

Trinta dias das mais variadas especulações e negociatas nos espera
 $alve-$e quem puder.
Blog do Julinho Esteves