A frota de veículos na cidade cresceu cerca de 10% em um ano. Dados do Detran (Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro) mostram que, de abril de 2011 ao mesmo mês de 2012, o número subiu de 53.678 para 58.999. De acordo com a Guarda Municipal, a estimativa de aumento anualmente está em torno de até cinco novos veículos circulando pelas ruas. Com esse crescimento os motoristas vêm sofrendo com constantes congestionamentos nas vias do Centro e do Ano Bom.
Para o motorista Carlos Augusto dos Santos, é preciso paciência para ir até a região central, das 17 às 19h.
- Moro no Ano Bom e sei muito bem como fica tudo parado. Quando venho ao Centro evito sair de carro, mas conheço pessoas que preferem utilizar o automóvel. No Ano Bom, na praça principal (Praça das Nações Unidas), o trânsito sempre está congestionado. Na entrada entre o bairro e a Vila Orlandélia, próximo ao Hospital da Mulher, fica tudo complicado. Também é difícil de passar na Joaquim Leite, já na Rua São Sebastião muitos caminhões fazem a descarga de produtos para o comércio e complica a passagem de outros carros - relatou.
O montador de móveis José Fernandes também disse que é difícil circular pela região central no horário de pico.
- Tem que haver uma alternativa para desafogar o trânsito. As pessoas deveriam usar mais motos, pois é um transporte de fácil circulação e barato. Porém, existe muita fiscalização nesses veículos de forma pesada, o que acaba desanimando as pessoas em utilizá-las. Até bicicleta elétrica as autoridades estão dificultando o uso. Acho que também poderiam investir mais em ciclovias, como a do bairro Saudade. Se fossem criadas algumas faixas, ligando Volta Redonda a Barra Mansa, passando pelo Centro, a população ia aderir. Além de ser saudável, não é poluente - falou.
O aposentado José Nicodemos também prefere andar de bicicleta a enfrentar os constantes congestionamentos:
- Ia comprar um carro e até desisti. Quando saio de automóvel com a minha irmã e com a minha sobrinha, fico nervoso por causa dos congestionamentos. Por isso, prefiro não andar de carro. A facilidade na compra do carro causa esse excesso de veículos.
Para o motorista Carlos Augusto, uma solução para o trânsito seria as pessoas usarem mais o transporte público.
- Para estimular o uso de ônibus seria interessante voltar a tarifa reduzida. Hoje um morador da Estamparia precisa pagar um valor de uma passagem para Volta Redonda. O valor deveria ser proporcional à distância percorrida. Quem tem carro em um bairro não muito distante do Centro gasta em média dois litros de combustível no trajeto. No veículo pode levar cinco pessoas, se a família for de ônibus gastará mais - comentou.
Paciência no trânsito
O comandante da Guarda Municipal, Carlos Natanael Geremias, explicou o que acontece no horário de pico na região central.
- O transtorno acontece no período de entrada e saída das escolas e da faculdade e no horário de fechamento do comércio. Nesse momento a quantidade de carro é grande, pois todos querem voltar para suas casas. Reforçamos nosso efetivo para auxiliar os motoristas até nas saídas da Ponte dos Arcos, que também fica tumultuado - disse, ao ressaltar que a população deve ter paciência.
- O ideal seria a utilização do transporte público para dar maior fluidez ao trânsito. Mas isso nem sempre acontece, então sempre pedimos para as pessoas serem pacientes - acrescentou.
A Coortran (Coordenadoria de Trânsito e Transporte) informou que com a retirada do Pátio de Manobras duas novas vias serão construídas para aumentar a fluidez. O órgão disse ainda que um projeto diário de melhoria no tráfego é realizado, sendo que modificações são feitas para atender melhor a população.
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