Vinte e cinco soldados do Corpo de Bombeiros de Volta Redonda e Barra Mansa estão entre os detidos durante a manifestação do quartel central da corporação, na Praça da República, no Rio de Janeiro, que começou na noite de sexta-feira (3). O Corpo de Bombeiros da região está trabalhando somente com ocorrências de grande importância, quando há risco de morte.
De acordo com um militar da região, que participou da manifestação na capital e conseguiu retornar ao Sul Fluminense, na sexta-feira, quatro ônibus levaram os agentes da região para o protesto. Hoje, 25 estão detidos, alguns seguem no Rio e outros voltaram para a região.
- Era para ser um protesto pacífico, mas a polícia utilizou muita violência. Havia mulheres e filhos de soldados no local e ainda assim o Bope invadiu utilizando gás lacrimogêneo e armas - relatou.
Vivian Chaves, mulher de um dos soldados detidos, afirmou que ainda consegue contato, via celular, com o marido.
- A situação está precária. Eles tiveram que dormir no chão, receberam muito pouca alimentação e é difícil utilizar os banheiros - disse preocupada.
Na manhã de hoje (5), um ônibus saiu de Volta Redonda para levar familiares dos militares para o Rio. "Precisamos saber como eles estão e vamos tentar entregar água, mantimentos e colchonetes para eles" explicou a mulher.
Outro grupo de Bombeiros retorna ao Rio para dar prosseguimento à manifestação. "Reivindicamos melhores salários e condições de trabalho, mas agora a prioridade é a libertação dos companheiros detidos", esclareceu o soldado, ao afirmar que a maior parte da corporação apoia o protesto.
Fonte:Diario do Vale