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Congonhas
Nesta quinta-feira (26), os trabalhadores da CSN da Mina Casa de Pedra, em Congonhas-MG, votaram pela greve por tempo indeterminado. Dos 1955 votantes, 1304 votaram pela greve, enquanto que 630 votaram a favor da proposta da empresa; os brancos e nulos somaram 21 votos. A partir de hoje (27), a qualquer momento, o sindicato Metabase Inconfidentes dará início à Greve geral.
Os funcionários da CSN rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 8,3% oferecido pela empresa. A categoria reivindica um aumento de 15%, além de revisão da PLR para 5,4 salários, R$ 450 de cartão alimentação, entre outras exigências. Em Volta Redonda a votação foi iniciada na manhã desta sexta-feira (27) e segue até o fim da tarde na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília.
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A greve por tempo indeterminado vai parar completamente a produção diária de 60 mil toneladas de minério de ferro. Segundo a nota divulgada pela assessoria do sindicato, o salário médio não passa dos R$ 1.200, a PLR está congelada há mais de seis anos e os acidentes de trabalhado se multiplicam.
- O aumento salarial de 15% representaria apenas 2,2% do faturamento líquido da empresa na mineração. Os gastos com mão-de-obra não chegam a 5% da receita líquida da CSN. Sobram condições para atender às nossas exigências - explicou Valério Vieira, presidente do Sindicato Inconfidentes.
Além das reivindicações,a greve dos trabalhadores também é em apoio à preservação e o tombamento da Serra Casa de Pedra. Para expandir os negócios, a CSN quer usar o patrimônio natural da cidade histórica e os trabalhadores da empresa estão juntos à comunidade do município nessa importante luta.
- A greve é em defesa de uma vida digna. A CSN retira bilhões de reais dessa mina e nada fica com os trabalhadores e a população além dos buracos, da poluição e da exploração. Nossa greve é por melhores salários e para dizer em bom e alto som ao Benjamin Steinbruch (presidente da CSN): o minério é nosso! - afirmou Valério.
Apoio
A mobilização dos trabalhadores da CSN está cercada de solidariedade em todo país. Vários sindicatos, a central sindical CSP-Conlutas e os movimentos sociais estão em apoio à greve. Além disso, a sociedade de Congonhas também está ao lado dos trabalhadores. A Igreja Católica da cidade, os vereadores do município, as associações de moradores, entre outras entidades, estão em solidariedade ao movimento.
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