Barra Mansa se prepara para realizar uma campanha para recolher amostras de sangue para integrar o banco de dados a ser utilizado na doação de medula óssea. A campanha acontece na próxima sexta-feira e sábado, dias 27 e 28, das 8 às 17 horas, na quadra do Colégio Verbo Divino, no Centro. A expectativa é recolher três mil amostras de sangue para integrar o banco de dados. A mobilização vai contar com uma equipe de 13 profissionais da Secretaria Estadual de Saúde e com o apoio da equipe da Secretaria de Saúde do município.

A campanha foi organizada em parceria com o Redome (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea). Há cerca de um mês, técnicos da instituição fizeram uma visita ao município, como explicou a representante do Redome, Regina Lacerda. ”Encontrei pessoas realmente empolgadas e comprometidas com o trabalho. Isso nos motiva a desenvolvermos a campanha de solidariedade no município, pois temos hoje no país uma média de 1,3 mil pacientes aguardando o transplante de medula. A compatibilidade de doadores é de 1 para 100 mil e quanto maior for o nosso banco de dados, poderemos salvar mais vidas”, comenta Regina, destacando que a campanha já foi realizada nos municípios de Volta Redonda, Barra do Piraí, Valença e Vassouras, na região Sul Fluminense.

O prefeito Zé Renato ressaltou a importância das pessoas se mobilizarem e participarem dessa campanha. “A campanha é simples, precisa apenas da colaboração de nossa população para disponibilizar os dados genéticos que serão utilizados na procura por doadores compatíveis. Tenho certeza de que a população de Barra Mansa vai responder prontamente a esse chamado”, disse.

Podem participar da campanha homens e mulheres com idade entre 18 e 55 anos incompletos, que pesem acima de 50kg, tenham boa saúde e não tenham tido doenças hematológicas e hepatites B e C. No dia da campanha é necessário levar um documento oficial com foto. Quando iniciou os trabalhos em 2001, a Redome tinha um cadastro de 38 mil possíveis doadores. Atualmente, o cadastro já passou da marca de 2 milhões. A intenção da instituição é aumentar este número para que mais vidas sejam salvas. Qualquer dúvida será sanada no dia da doação com a equipe do Redome.

O coordenador do Hemonúcleo do município, Flávio Fernandes, reforça a importância da realização da campanha na cidade. “Essa ação é super importante, pois informa as pessoas sobre a doação de medula óssea. É uma campanha ótima, pois, além de divulgar o trabalho do Redome, amplia o número de pessoas cadastradas no banco de dados e proporciona aos pacientes que aguardam o transplante uma nova chance”, conclui Flávio.

Sobre a Redome - Quando não há um doador da própria família - sejam irmãos, pais ou outro parente próximo - a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros amarelos etc.) semelhantes. Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado, em 2000, o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no Redome um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.