Em 2025, foram disparados 3.132 até o momento. Além disso, desde o dia 4 de dezembro do ano passado, o Defesa Civil Alerta foi encaminhado 115 vezes para o Sul e Sudeste do País
Brasília (DF) - Para manter a população informada e mitigar os impactos dos desastres, a Defesa Civil Nacional já emitiu este ano 3.132. Além disso, desde o dia 4 de dezembro de 2024, quando o Defesa Civil Alerta, ferramenta de alertas severos e extremos, ficou disponível para ser operacionalizado no Sul e Sudeste do País, também foram emitidos 115 alertas com a nova tecnologia para as duas regiões. Durante o ano de 2024, foram 19.097 alertas para todo o Brasil, considerando riscos hidrológicos (referente a desastres relacionados ao excesso de chuva) e geológicos (deslizamentos de terra e quedas de encostas, por exemplo). Desse total, 15.355 foram apenas para ameaças hidrológicas, como inundações, alagamentos, enxurradas, entre outras.
O coordenador-geral de Monitoramento e Alerta do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Tiago Molina Schnorr, explica que os alertas passaram por uma grande evolução ao longo dos anos, o que vem tornando a população cada vez mais resiliente. “O primeiro mecanismo de alerta em execução no Brasil foi feito em 2016 a partir de uma parceria com o Google. Em 2017, começamos um projeto de envio de alertas via SMS e, em 2019, expandimos para os aparelhos de TV por assinatura. Já em 2021, tivemos o primeiro chatbot para o envio de alertas por meio da plataforma Telegram e, em 2022, a mesma experiência foi replicada no WhatsApp. Vale destacar que a parceria com o WhatsApp é um projeto-piloto no mundo. Por fim, em 2024, chegamos ao ápice da tecnologia mundial no que se refere a alertas de desastres. Estamos falando da tecnologia cell broadcasting, chamada de Defesa Civil Alerta no Brasil”, detalha o coordenador.
Os alertas são enviados por meio da plataforma Interface de Divulgação de Alertas Públicos (IDAP). Entre os 19.097 envios no ano passado, 5.932 foram para São Paulo, 3.597 para Minas Gerais, 2.927 para Santa Catarina, 2.197 para o Rio de Janeiro e 689 para o Paraná. O restante foi disparado em menor quantidade para outros estados.
As estratégias de alertas de desastres no Brasil fazem parte de um trabalho conjunto entre Defesa Civil Nacional e defesas civis estaduais e municipais. “Essa estratégia começa com a plataforma Idap, que permite aos estados e municípios a geração dos alertas para serem disponibilizados para a população. O cadastro desses usuários (estados e municípios) na plataforma depende de cursos e capacitações para que a qualidade dos alertas seja mantida”, acrescenta Tiago Molina Schnorr.
Riscos hidrológicos em 2024
Dos 19.097 alertas enviados no ano passado, 15.355 consideraram somente os riscos hidrológicos, sendo que os meses de janeiro, fevereiro e março registraram o maior número de disparos, representando 51,2% do total. Somando novembro e dezembro, que também apresentaram número elevado de ocorrências, o percentual chega a 76,5% (confira a tabela abaixo).
Alertas por mês (Imagem: Divulgação Robbu)
No ranking dos estados que concentraram o maior número de alertas com riscos hidrológicos no ano passado, destaque para São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Panará e Rio Grande do Sul (confira a tabela abaixo).