Titular do Titular da Integração e do Desenvolvimento Regional falou sobre discussões do G20 no combate e na prevenção de desastres, estratégias para redução de desigualdades regionais e taxação de grandes fortunas para financiar proteção dos mais vulneráveis a intempéries
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Em entrevista ao Bom Dia, Ministro desta quinta-feira, 24 de outubro, Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) abordou os preparativos para a Cúpula do G20, que será realizada no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, e pontuou sobre as discussões do Grupo de Trabalho de Redução de Risco de Desastres, coordenado por ele. “É uma agenda mundial, onde os países, já de forma recorrente, vêm assumindo compromissos com a redução do risco e do desastre em cada território, mas um compromisso também mundial. E o Brasil preside o G20 este ano, sob liderança do presidente Lula”, destacou.
“O grupo específico de redução de risco do desastre está sob minha responsabilidade, juntamente com o ministro Jader Filho [Cidades], porque são os dois ministérios que atuam, ora na prevenção, ora na resposta, na mitigação. E estamos envolvidos nessa agenda, eu coordenando junto com ele. E essa vai ser a quarta atividade do grupo durante este ano de 2024, que antecede essas informações pactuadas com os países membros do G20 e convidados para a reunião de cúpula que acontecerá na terceira semana de novembro, agora presidida pelo presidente Lula”, detalhou Waldez, sobre o último encontro do GT antes da Cúpula do G20.
Ele ainda apontou que a reunião do G20 consolida a responsabilidade do grupo de países na identificação de potenciais desafios mais urgentes, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, e em propor medidas de prevenção e mitigação. Essas ações, segundo o ministro, podem, por cooperação, ser implementadas em outros países, dependendo da realidade específica de cada território. “Por exemplo, os eventos que acontecem nos países sul-americanos, as soluções podem ser replicadas em outros países”, sublinha.
REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES — O ministro também enfatizou a importância do grupo trabalhar na redução de desigualdades sociais e regionais. “Se a gente tem que olhar a prevenção e a mitigação, é preciso compreender que, em relação a mudanças climáticas, fenômenos como o El Niño e La Niña, que são muito intensos em determinados períodos do ano, atingem, logicamente, toda a sociedade, mas aqueles que estão em desigualdades, nas comunidades mais suscetíveis a sofrer esse desastre, são os que acabam sendo mais atingidos”, explica.
Os 25 países participantes, além de mais 11 organismos internacionais, propõem soluções para diminuir desigualdades. O Governo Federal debate que o Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap), que está em fase de regulamentação, tenha previsão de recursos oriundos de multas ambientais e apostas esportivas não recolhidas. A Câmara dos Deputados aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que está em tramitação no Senado Federal, para destinar 5% das emendas parlamentares — individuais ou de bancadas — para financiar as atividades do Funcap.
TAXAÇÃO DE GRANDES FORTUNAS — Waldez Góes defendeu ainda que a proposta de taxação das grandes fortunas é importante para que recursos sejam empregados também na redução de desigualdades. “O financiamento também, seja de infraestruturas resilientes, sistema de alerta precoce, diminuir desigualdades. É preciso que isso seja visto e enxergado. E é o que nós estamos fazendo a nível de grupo de trabalho voltado à redução do risco de desastre”, assegurou.
QUEM PARTICIPOU — O “Bom Dia, Ministro” é um programa semanal realizado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Participaram desta edição a Rádio Nacional - EBC (Brasília/DF); Rádio Acústica FM (Camaquã/RS); Rádio Liberal (Belém/PA); Rádio Grande FM (Dourado/MS); Rádio Norte FM (Manaus/AM) e Rádio Sagres (Goiânia/GO).