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Nota: CBH Baía de Guanabara cria força-tarefa para acompanhamento da crise devido à poluição no Sistema Imunana-Laranjal

 

A operação de captação de água do Sistema Imunana-Laranjal, localizada na região leste da Baía de Guanabara, está paralisada desde a madrugada de quarta-feira (03/04), após a identificação da presença de tolueno, substância tóxica utilizada na fabricação de gasolina.
 

Desde a interrupção da captação, os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá (nos distritos de Inoã e Itaipuaçu) e Rio de Janeiro (na região da Ilha de Paquetá) sofrem com a falta de abastecimento de água, o que tem impactado cerca de 2 milhões de habitantes. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e Ministério Público Estadual.
 

Tendo em vista a gravidade da situação, o Comitê da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara), realiza uma força-tarefa para acompanhamento das medidas realizadas pela CEDAE e órgãos competentes sobre a crise decorrente da poluição no Sistema Imunana-Laranjal, além da investigação das possíveis fontes poluidoras que ocasionaram a interrupção do abastecimento de água. A iniciativa conta com a participação da concessionária Águas de Niterói, das prefeituras de Itaboraí, Magé, Guapimirim, Niterói, São Gonçalo, Tanguá, Cachoeiras de Macacu e Maricá, e demais instituições que também compõem o colegiado.

Dentro das competências do Comitê, são realizadas ações que tem como eixo central a segurança hídrica no Trecho-Leste da Baía de Guanabara. A primeira delas é o Plano de Gerenciamento de Risco da Baía de Guanabara, que monitora e mapeia áreas de vulnerabilidade ambiental, o que inclui riscos advindos da indústria e de eventos críticos, previsto no Plano de Bacia e em fase de planejamento.
 

Já no eixo de Compatibilização do Balanço Hídrico, são realizadas ações de monitoramento qualiquantitativo dos corpos hídricos e identificação de poluição, incluindo das atividades industriais da região. De acordo com o Atlas da Baía de Guanabara, as cidades da Região Hidrográfica V (RH-V), composta por 17 municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro, respondem por 64,2% das indústrias no estado. Ao todo são 18.338 indústrias, sendo a cidade do Rio de Janeiro o município com maior quantidade de empresas que realizam a atividade, seguido pela Baixada Fluminense, e os municípios de Niterói e São Gonçalo.
 

Dentro da atuação do CBH Baía de Guanabara está o monitoramento dos contratos de concessão do serviço de água e esgoto, ferramenta essencial para observar a qualidade do serviço que está sendo prestado pelas concessionárias de água à população.
 

Ainda nesse contexto, desde 2022 são promovidos debates com especialistas sobre a segurança hídrica no leste metropolitano, como os eventos transmitidos no canal do Youtube do Comitê e que podem ser assistidos pelo link: Link 
 

O CBH Baía de Guanabara contribui para a construção de soluções e de políticas públicas setoriais e relacionadas à ocupação do solo, a partir do conhecimento do seu colegiado, formado por membros da sociedade civil, usuários da água e poder público, em prol da garantia da água em quantidade e qualidade para todos os cidadãos.