Advertisement

Projeto ‘Coluna Reta’ inicia trabalho de prevenção e busca ativa da escoliose idiopática nas escolas de Volta Redonda

Visita da equipe do programa começou pelo Colégio Getúlio Vargas, da Fevre, e contou com a presença do mascote ‘Suricato’; objetivo é avaliar 25 mil crianças e adolescentes em 2023

 

O projeto “Coluna Reta”, implantado em junho de 2021 em Volta Redonda, iniciou o trabalho de ampliação da prevenção e de busca ativa por crianças e adolescentes, de 6 a 18 anos de idade, visitando todas as unidades da Rede Municipal de Ensino. A primeira ação foi no Colégio Getúlio Vargas, da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), no Laranjal, nessa segunda-feira, 13. O dia marcou também a apresentação do mascote do programa, o Suricato, animal que se caracteriza pela coluna reta, que vai interagir com os alunos.

 

Antes de estrear no “Coluna Reta”, o Suricato esteve no gabinete do prefeito Antonio Francisco Neto, no início deste mês. “Gostei muito da iniciativa. O mascote vai chamar atenção para um problema sério, de uma maneira divertida”, disse Neto, lembrando que a parceria com o UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda) vai permitir a ampliação do alcance do programa no município.

 

A equipe do programa, juntamente com estudantes de Medicina, Enfermagem e Educação Física do UniFOA, vão avaliar os cerca de mil alunos da unidade dentro da faixa etária do “Coluna Reta”, até o dia 16 de março, próxima quinta-feira.

 

De acordo com o ortopedista especialista em coluna e idealizador do “Coluna Reta”, Juliano Coelho, a parceria com os estudantes do UniFOA vai permitir que 25 mil crianças e adolescentes passem pelo exame clínico. “Por meio de registro de imagem, com auxílio de um aplicativo, posso avaliar se a criança ou adolescente precisa ser encaminhado para o exame de Raio-X. E assim definir o melhor tratamento, com fisioterapia ou cirurgia”, explicou Juliano, deixando claro que esse exame deve ser feito anualmente e que o principal objetivo do programa é a prevenção.

 

Ele acrescentou que todo atendimento do “Coluna Reta”, após o primeiro exame, é feito na Policlínica da Cidadania, no Estádio da Cidadania Raulino de Oliveira, no Jardim Paraíba, que é equipado para fazer o Raio-X panorâmico e ainda oferece fisioterapia especializada.

 

“O projeto começou por parceria entre as secretarias municipais de Ação Comunitária (Smac) e de Saúde (SMS). Eu fazia palestras nos Cras (Centros de Referência de Assistência Social), visando à prevenção e à identificação da escoliose idiopática no público-alvo do programa”, explicou o ortopedista.

 

O presidente da Fevre, Caio Teixeira, ressaltou que levar a prevenção para a escola é ter a certeza de que todo o público-alvo será atendido. “É um presente que a ação comece pelas escolas da Fevre. Vamos trabalhar com os professores para que passem a importância da ação para os pais ou responsáveis pelos alunos, para que permitam que os alunos passem pelo exame”, falou.

 

Próximas visitas do ‘Coluna Reta’ nas escolas

 

A equipe do projeto “Coluna Reta” estará no Colégio Profª Delce Horta Delgado, no Aterrado, entre os dias 20 e 23 de março; no Colégio João XXIII, no Retiro, entre os dias 27 e 30 de março; no Colégio Profª Themis de Almeida Vieira, entre os dias 3 e 5 de abril; e no Colégio José Botelho de Athayde, entre os dias 6 e 11 de abril.

 

Maria Eduarda Matuck, que está no quinto período de Medicina no UniFOA, falou pelos colegas universitários que estão junto com ela no programa. “É uma oportunidade única. Além de aprender a parte prática, trabalhar com prevenção, fazendo atendimento gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde), estamos aprendendo a nos posicionar como profissionais, treinando liderança e o contado com o paciente”, disse a estudante, que pretende se especializar em ortopedia.

 

Programa pioneiro no Brasil

 

O Projeto “Coluna Reta”, implantado pela Prefeitura de Volta Redonda em junho de 2021, promove a prevenção e o tratamento/correção da escoliose idiopática pelo SUS. As cirurgias ocorrem no Hospital São João Batista (HSJB). O programa completa, neste mês de março, 20 procedimentos cirúrgicos realizados – a indicação para a cirurgia é quando a curvatura da coluna do paciente está acima de 45 graus – e 50 crianças e adolescentes encaminhados para sessões de fisioterapia.

 

O deputado estadual Munir Francisco, que era o secretário municipal de Ação Comunitária de Volta Redonda quando o “Coluna Reta” foi implantado, fez questão de participar da visita ao Colégio Getúlio Vargas. “Este projeto é sensacional e o alcance será muito maior com as ações nas escolas”, pontuou Munir, que protocolou um Projeto de Lei na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) para levar o programa para todo o estado.