Iniciativa busca ajudar no controle motor, estimular e aumentar a 

capacidade de concentração dos usuários do Centro Dia Synval Santos

Um robô NAO está sendo usado no atendimento de idosos com Alzheimer em 
Volta Redonda. A primeira atividade ocorreu na manhã desta 
quinta-feira (3), com cerca de 25 usuários do Centro Dia Synval 
Santos, que oferece ações de convívio social a pessoas com a doença. A 
prática ocorre graças a uma parceria entre a Prefeitura de Volta 
Redonda, por meio da secretaria de Ação Comunitária (Smac), e o 
Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).

O objetivo é ajudá-los a controlar a parte motora, estimular e 
aumentar a capacidade de concentração. A previsão é que as atividades 
ocorram uma vez por mês. Além das danças sincronizadas com movimentos 
do robô, exercícios de Tai Chi Chuan e até contação de histórias serão 
promovidos com o auxílio do humanoide muito usado em práticas de 
ensino e testes de inteligência artificial (IA). A atividade com o 
robô trouxe alegria e entusiasmo aos idosos.

?Gostei muito. Os ossos têm que mexer. Já tínhamos ensaiado, fizemos 
festa, sabia que ia ter algo de bom. Esse negócio de mexer, movimentar 
é comigo mesmo?, disse Maria Pereira da Silva, de 82 anos, usuária do 
Centro Dia.

Outra usuária que aprovou o uso do robô na atividade foi Leonina Rosa, 
também de 82 anos. Ela elogiou a iniciativa que animou a todos nesta 
quinta no Centro Dia.

?Sensacional. Ele é muito engraçado. Ensaiamos os passos e achei bom. 
Se vier mais atividades com o robô será ótimo?, afirmou.

As atividades foram escolhidas através de reuniões entre a equipe 
multiprofissional do Centro de Alzheimer e de profissionais do IFRJ, 
sempre levando em conta as necessidades e interesses dos usuários.

A coordenadora do Centro de Alzheimer de Volta Redonda, Danielle 
Freire, enfatizou que a iniciativa é pioneira no Sul do estado e 
surgiu após o IFRJ oferecer a parceria. Danielle lembrou que países da 
Europa já trabalham com essa tecnologia assistivas através de robôs no 
dia a dia do idoso com Alzheimer.

?Temos países onde há robôs para ministrar a medicação do idoso. A 
família programa esse robô, vai trabalhar e ele lembra o idoso de 
tomar a medicação. A ideia é potencializar a todos os usuários. 
Sabemos que a doença atinge de forma diferente cada um, dependendo da 
área cerebral em que ela está. Com essa parceria com o IFRJ, nós 
resolvemos juntar a parte motora, concentração e movimento. O objetivo 
vai ser fornecer o estímulo dentro da capacidade deles, promovendo 
assim uma aproximação entre tecnologia e relação humana", finalizou 
Danielle.