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Excesso de suor, a hiperidrose, atinge 10% dos brasileiros

Doença compromete a qualidade de vida e interfere no dia a dia

Você sua muito, mesmo quando está dormindo? Isto pode ser sintoma da Hiperidrose Primária (HP), uma condição clínica caracterizada pelo suor exagerado principalmente nas mãos, axilas, pés e rosto.  A condição atinge cerca de 10% dos brasileiros e para muitos interfere drasticamente no dia a dia e na qualidade de vida.

“A Hiperidrose Primária é um distúrbio crônico acompanhado de constrangimento pessoal, angústia e aflição social, podendo interferir nas atividades diárias e na qualidade de vida dos pacientes”, conta Gustavo Higa Ogawa, cirurgião torácico, do Plunes Centro Médico, em Curitiba (PR). Segundo o especialista, o distúrbio acontece devido a fatores genéticos e emocionais, mas doenças como Parkinson, câncer, entre outras, podem desencadear a Hiperidrose Primária.

Existem dois tipos de Hiperidrose, a primária focal, que aparece na infância ou adolescência e não existe suor quando em repouso, e a secundária generalizada, na qual a pessoa sua em todas as áreas do corpo, inclusive em repouso, e surge por uma condição médica ou pelo efeito colateral de uma medicação.  O diagnóstico logo nos primeiros sinais da doença é essencial e somente ele consegue definir se o tratamento será cirúrgico ou clínico.

“Existem diversas linhas de tratamento, algumas até mesmo com aplicação de botox nos casos mais brandos. Em casos graves é recomendada uma cirurgia na região do tórax que interrompe a ação dos gânglios simpáticos, responsáveis por estimular as glândulas de suor”, explica doutor Gustavo.

Os tratamentos clínicos conseguem manter a doença sob controle por períodos entre dois e seis meses, sendo necessário o acompanhamento, e os cirúrgicos cessam por tempo indefinido a produção anormal de suor.