Ação
promovida pela Secretaria de Políticas para Mulheres e Câmara Municipal faz
parte dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher e abordou o
tema Relacionamento Abusivo
Como parte da
programação da
campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, a
Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos
(Smidh) e a Câmara Municipal de Volta Redonda realizaram uma audiência pública
para debater o tema ‘Relacionamento Abusivo’ com mulheres, na quarta-feira, dia
04.
O prefeito Samuca Silva
afirmou que a audiência pública mostra o compromisso da sua gestão em ajudar no
combate a qualquer ato de violência que atinja as mulheres. “Nosso
governo criou a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, que antes era
apenas uma assessoria, e deu todo o suporte com equipe capacitada e
multidisciplinar, para defender o direito das mulheres. Rechaçamos qualquer
tipo de violência contra a população feminina e fazemos a defesa de seus
direitos, buscando meios de capacitação, geração de rendas e todo o acolhimento
necessário para preservar vidas, através de atendimentos em rede. Somos
solidários a elas em avançar nas conquistas do dia a dia”,
frisou.
A secretária América
Tereza,
da SMIDH, comentou sobre a audiência pública. “O resultado foi muito
positivo
em buscar novas ações em defesa dos direitos da mulher, garantir a sua
proteção, elevar a autoestima. O depoimento de uma vítima assistida, com nova
oportunidade de recomeçar, foi muito importante para todas as mulheres
presentes. Estaremos encerrando a campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da
Violência Contra a Mulher no dia 10 de dezembro, na Biblioteca Municipal,
lembrando
o Dia Internacional dos Direitos Humanos. E no dia 12, teremos um Fórum dos
Direitos Humanos, das 9h às 16h, na Fundação CSN”, informou a
secretária.
A
coordenadora do Centro Especializado de
Atendimento à Mulher (Ceam), Ludmila Aguiar, atualizou números de violência
contra a mulher no município e alertou que 62% dos casos acontecem dentro das
residências, por parceiros ou ex-parceiros. "Os dados apontam que 855
mulheres tiveram acompanhamento da secretaria, de 2017 até outubro de 2019.
Além disso, foram cerca de 2.300 atendimentos, com acolhimento pela assistência
social, assessoria jurídica e psicológica prestados às mulheres pelo poder
público", destacou Ludmila.
Luciana Lima,
coordenadora
do projeto ‘Eu me amo. Eu me protejo’, da Secretaria Municipal de Esporte e
Lazer (Smel), desenvolvido em conjunto com a SMIDH, fortaleceu o trabalho
desenvolvido pela Prefeitura. “Nós não estamos ensinando artes marciais,
nem ensinando mulheres a combater os homens. Mas, estamos ensinando técnicas
para que elas possam fugir do agressor”, explicou.
A guarda municipal, Ilça
Romaneli, da Patrulha Lei Maria da Penha, também comentou a ação.
“Nós já conseguimos, com certeza, evitar algumas mortes e interromper este
ciclo de violência. Em três anos, conseguimos fazer umas 35 prisões por
descumprimento de medida protetiva dada pelo juiz. Descumprir a medida agora é
crime!”, disse a agente Romaneli.
A
presidente da OAB Mulher, Carolina
Patitucci, cita o quadro de violência e destaca o evento para reforçar o
combate à violência. “A violência não tem classe social. A Lei
Maria da Penha é, segundo a ONU, a terceira melhor lei do mundo de proteção à
mulher, mas tem que sair do papel. O debate é essencial para o poder público
discutir ações, medidas eficazes para combater a violência. As mulheres estão
mais corajosas e têm mais apoio para denunciar esta violência. A Secretaria da
Mulher e a Câmara estão de parabéns pela audiência pública”, afirmou.