Rio - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou, nesta
quarta-feira, que o Estado continua sem dinheiro para pagar em dia
os servidores ativos, inativos e pensionistas. Na véspera, o Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou pedido do governo estadual
para suspender uma decisão judicial que obriga a quitação dos salários
do funcionalismo público conforme o calendário regular de pagamento.
Pezão
negou que esteja em queda de braço com o TJ. O governador disse que
conversou com o presidente do Tribunal, desembargador Luiz Fernando
Ribeiro de Carvalho, por mais de duas horas na terça-feira, quando
trataram do pagamento dos servidores do Judiciário.
"Se
eu tivesse (dinheiro para quitar os salários) você acha que eu deixaria
de pagar a folha de pagamento dentro do mês? Eu queria pagar dia 28 ou
27. Mas não é a realidade das finanças do Estado hoje. Por isso eu peço
compreensão e ajuda", disse.
De acordo com o governador, o Estado precisará fazer
mais cortes para enfrentar a crise econômica. Pezão afirmou que voltou a
ter verbas equivalentes às que tinha em 2009. "Não tenho mais receita
como tinha antes, em 2014 e 2015. A receita caiu 30% e isso não é
trivial. Precisamos nos adequar ao momento em que a receita estadual
vive", argumentou.
Partido
Pezão também
negou que o PMDB esteja rachado. O governador minimizou as críticas do
presidente do partido no Estado e da Assembleia Legislativa, Jorge
Picciani, no momento em que se empenha para ajudar
a recolocar o deputado federal Leonardo Picciani na liderança da
bancada na Câmara Federal. O governador liberou um de seus assessores, o
secretário de Esportes, Lazer e Juventude, Marco Antônio Cabral, a
reassumir o cargo de deputado federal para votar em Leonardo Picciani.
"Não
tem crise nem racha. Já teve outras declarações e sempre tivemos
convívio muito bom", disse o governador. Pezão acrescentou que não ficou
ofendido com as declarações de que seu governo é fraco e sem direção,
dadas por Jorge Picciani, em entrevista ao jornal O Globo. "Não acho o
governo fraco e tenho profunda gratidão aos secretários que vêm fazendo o
enfrentamento num momento de crise do Estado", rebateu, durante
cerimônia de entrega dos planos de saneamento básico para 34 prefeituras
fluminenses.http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2016-02-17/pezao-diz-que-continua-sem-dinheiro-para-pagar-servidores-e-pede-compreensao.html